e s t á b u l o s

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capítulo único

    — Que noite romântica, hein? Chega de coisas ruins até amanhã. — Ela o beijou outra vez. — Vamos conseguir resolver tudo. Tenho você de volta. Por enquanto, é o que importa.

    — Certo — disse Percy. — Chega de falar na ascensão de Gaia, em Nico mantido como refém, no fim do mundo, nos gigantes...

    — Cale a boca, Cabeça de Alga — ordenou ela. E o calou com um selar de lábios.

    Em meio a tantos beijos de saudade, a suavidade aos poucos foi sendo substituída pela intensidade. Enquanto Annabeth agarrava a nuca de Percy ela pensava que se perdesse ele novamente ela não aguentaria, céus... se ele morresse durante a guerra! Foram tantas perdas no último verão que ela odiava pensar na possibilidade de mais algum de seus amigos morrer, todos naquele navio já haviam se tornado de alguma forma especiais para ela, e Percy ainda mais.

    Annabeth se deitou devagar no cobertor sobre o chão e puxou o namorado consigo sem desgrudar seus lábios. Talvez essa fosse a última oportunidade de os dois ficarem realmente a sós, talvez a última na vida, afinal eles eram semideuses e ninguém esperava viver até os sessenta, ainda mais com Gaia por aí. A garota queria viver aquele momento com Percy, o mesmo menino pelo qual desenvolvera uma quedinha anos antes, que fora seu melhor amigo desde os doze anos, que viu ela em seus momentos mais frágeis e a apoiou sempre.

    O mesmo meio-sangue que, quando teve oportunidade de virar um deus, recusou, em parte por ela, e que ficou extremamente constrangido quando tentou pedir para que Annabeth não se juntasse a caçada, que lembrou dela quando esqueceu o próprio nome, que recusou a imortalidade em uma ilha perfeita e que confiou nela a ponto de dizer o seu calcanhar de Aquiles. Se pudesse, a loira passaria o resto da sua vida ao lado desse garoto sem pensar duas vezes.

    Foi Annabeth quem tomou o primeiro passo e retirou a camisa do namorado com a sua ajuda, Percy parecia nervoso quando olhou nos olhos da garota novamente, mas ela lhe lançou um sorriso que fez com que ficasse confiante, e a maneira que ela olhou para o peito descoberto dele também ajudou. Anos de treinamento e um bom gene fez com que Percy desenvolvesse um abdômen definido que qualquer garoto da sua idade sonhava em ter, ele se orgulhava disso.

    Ao voltarem a se beijar o garoto se posicionou entre as pernas abertas de Annabeth e acariciou sua cintura por baixo da blusa de pijama. Alguns poderiam dizer que a roupa dela era infantil, mas Percy achou o pijama tão sexy quanto quando a via em batalha ou quando se arrumava para sair, era igualmente atraente. Porém, em pouco tempo não estava mais em seu corpo, e ao contrário da blusa, o sutiã branco de renda que ela exibia deixaria qualquer um ou qualquer uma louca. Isso o fez pensar se ela tinha planejado essa parte da noite também.

    — Você já pretendia chegar nesse momento, Sabidinha? — ele perguntou próximo ao rosto dela, tinha uma vaga ideia que as garotas não usavam sutiã, principalmente um de renda, por baixo do pijama.

    — Você não lembra? Atena sempre tem um plano. Agora cala a boca e me beija.

    Percy sorriu e não ousou negar o pedido e quase ordem da namorada, então se prontificou em beijar seu pescoço, descendo até a parte não coberta dos seios de Annabeth, roçando seus dentes ali. Ela arqueou as costas e Percy levou as mãos ao fecho do sutiã, com o nervosismo suas mãos tremiam e ele teve dificuldade para abrir.

    — Ei, Percy. — Annabeth segurou o rosto dele e o fez olhar em seus olhos, o garoto soltou um suspiro. — Se você não estiver se sentindo a vontade, não tem problema, não precisamos fazer isso.

Primeira Vez - PercabethWhere stories live. Discover now