Capítulo I - Reencontro com o passado

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Notas Iniciais

Olá meus xuxuzinhos lindos, olha a descontrolada postando outra historia.

Fazia tempo que eu queria postar uma historia sem ou com pouco romance, bem, esta aqui essa belezura. Espero que vocês gostem da novidade e que acompanhem com carinho.

As atualizações vão acontece quando der, mas não se preocupem, não vão ter que esperar um anos para um novo capitulo.

Chega de enrolação, espero que gostem.

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Encostado no batente da porta do quarto dos filhos, Loki observava-os dormir tranquilamente; sorriu do modo como Narfi estava esparramado na cama, seu caçula era muito espaçoso para alguém que só tem quatro anos. Já Peter, o seu filho de coração e o mais velho dos dois meninos, era totalmente diferente.

Isso o fez lembrar-se dele e de Thor, dois irmãos completamente diferentes um do outro. Inconscientemente tocou em seus lábios lembrando-se do último castigo que sofreu nas mãos de Odin, meses antes de fugir de Asgard. Tinha que admitir que não deveria ter gritado ao questionar o próprio pai os motivos de não amá-lo, mas ordenar que costurassem seus lábios foi uma punição demasiadamente rígida. Afinal, era apenas um garoto bêbado com o coração magoado pela indiferença direcionada a si e a clara predileção por Thor, todavia, não merecia sofrer tamanha violência.

A falta de intervenção de Frigga doeu tanto quanto a agulha e linha em sua pele. Sua mãe lhe dava carinho e atenção, mas permitia que Odin lhe aplicasse todos os castigos – mesmo que a culpa não fosse sua. Tudo para proteger o herdeiro do trono? Mas ele também era seu filho e merecia ser protegido.

Ainda não tinha se recuperado completamente dos ferimentos causados pelo castigo quando juntou algumas roupas, um pouco de ouro, alguns livros de magia, os guardou em uma bolsa e mesmo amando sua querida mãe e seu irmão (mesmo que nunca vá admitir), saiu de Asgard sem ter um rumo traçado. Loki apenas queria fugir da indiferença de Odin, da omissão de Frigga, da sombra de Thor, daquele castelo onde nunca se sentiu em casa e quem sabe encontrar um lugar para chamar de lar.

Suspirou cansando sacudindo a cabeça para afastar as lembranças ruins de sua infância, estava muito tarde para aquele tipo de coisa. Entrou no quarto para cobrir seus meninos, começando com Narfi mesmo sabendo que era inútil, afinal, ele era um pequeno furacão e logo estaria descoberto novamente, depois foi cobrir Peter, o seu doce Homem Aranha (apelido que recebeu por gostar de escalar as coisas).

Jamais imaginou que pudesse amar tanto uma criança que não tinha uma gota de seu sangue, mas se viu completamente apaixonado pelos olhos castanhos e cheios de inocência do filho da única mulher que amou verdadeiramente.

Nunca iria esquecer o dia que conheceu Mary Parker, a mulher mais irritantemente adorável que já cruzou o seu caminho. Depois de anos vagando por entre os mundos, desbravando as raízes e ramificações de Yggdrasil, escondido dos olhos sempre vigilantes de Heimdall, Loki resolveu finalmente conhecer Midgard e depois de décadas vivendo entre os mortais, quando estava pronto para partir, foi atropelado pela mulher que futuramente seria a mãe de seus filhos.

Não podia dizer que se deu bem com Mary desde o início. Ela era geniosa, astuta e desconfiada, além de, como mãe, ser uma leoa pronta para atacar quem ousasse mexer com seu Peter. Soube disso quando foi a sua casa, já que ela o tinha atropelado e no mínimo deveria lhe dar um copo d'água.

Por coincidência ou destino, nesse mesmo dia um homem inconveniente que atormentava Mary há meses resolveu bater em sua porta. Bastante irritado com sua presença ali, o desgraçado resolver bancar o macho alfa, se achando dono da Parker.

HabitarWhere stories live. Discover now