VII

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Eram dezesseis horas. Finn, Caleb, Noah e eu estávamos na sala de treinamento fazia um tempo. O silêncio estava sufocante, era evidente que um clima tenso estava no ar e eu precisava parar aquilo.

— Olha, isso já tá ficando insuportável — dou um soco forte no saco de pancadas, fazendo eles me olharem. — Sei o que querem saber, e a única coisa que posso dizer é... — retiro as luvas das mãos. — Ele não me fez nada. Entrei no quarto e ele estava deitado em minha cama, logo já o mandei embora — expliquei. — Ou seja, parem com essas caras de bocós e fiquem tranquilos. Além do mais... — dou um chute forte no saco de couro, fazendo um barulho alto ecoar. — Sei me defender. — pisco para eles, que apenas sorriram.

— (S/n)? — uma voz masculina ecoa pela sala, levando o olhar de todos até a porta. Era um dos homens que trabalham aqui. — Harbour me pediu para avisá-la que já pode se aprontar para a tarefa.

— Hum, ok. Obrigada, Murray — sorri. O homem assentiu e se retirou.

— Como você pretende arrancar informações daquele velho babão? — Caleb questiona.

— McLaughlin, querido, o que um homem gosta mais do que dinheiro? — arqueio uma sobrancelha. Percebo a cara de confuso dele.

— Mulheres, McLaughlin! — Noah revirou os olhos.

— Ah... — abriu a boca num perfeito "o". — Mas você não gosta disso, Noah. — rimos.

— Eu não, mas a maioria, sim — riu.

— Bem, eu, basicamente, terei que flertar com o homem e tentar arrancar algo dele. Se eu não conseguir, aí eu terei que partir pro remédio — expliquei.

— Que remédio? — Finn questionou.

— Um remédio que David tem, no qual faz as pessoas confessarem coisas — ele assentiu. — Bem, vou me arrumar. — ia me retirar da sala, quando lembrei de algo. Me virei entrelacei minhas mãos em frente ao corpo. — Preciso da ajuda de vocês...

— Para quê? — Noah franze o cenho.

— Para seduzir um homem, preciso da opinião de um — a expressão confusa na cara de Caleb fez eu e Noah revirar os olhos. — Tenho umas roupas que Lilia comprou para mim, justamente para essa ocasião... e preciso da opinião de vocês.

— Por que não pede só pro Noah? — Caleb franziu o cenho.

— Porque eu sou gay, não sinto atração por essa fruta — rio.

— Se você diz — Caleb levantou as mãos.

Olho para Finn, que apenas dá de ombros. Saímos da sala, já subindo as escadas e indo cada um para um quarto. Como estávamos suados, decidimos tomar banho primeiro... aliás, seria o mínimo. Assim que finalizo, saio do banheiro do quarto, dando de cara com os três sentados em três puffs.

— Vocês tão com sorte que eu tô de toalha — comentei.

— Pode ser sorte pra você... azar para alguns.

— Você não tem medo da morte, né, Wolfhard? — cruzo os braços.

— Gosto de um desafio — piscou.

— dou um sorriso falso e vou com o olhar para Noah, estendendo minha mão. — Vem! — ele pega em minha mão, me dando a oportunidade de puxado para dentro do closet, fechando a porta logo em seguida.

— Comentário aleatório do Wolfhard, não? — a ironia é evidente na voz de Noah, o que me fez rir.

— Tenho que concordar — rimos.

— Onde estão as mudas de roupa?

— Ali — apontei para cinco mudas de roupa que haviam sobre os assentos no meio do closet.

The Boy | Finn Wolfhard |Where stories live. Discover now