Para que dinheiro, se, na realidade, meus pais podem pegar esse dinheiro para eles? Pra que dinheiro se não tenho qualquer sonho de grandeza? Nem ao menos vontade de comprar, viajar, não tenho com quem gastar... Vontade não, nem posso, já que meus pais ainda mandam em mim.

Na época que entrei aqui eu queria dinheiro para ir embora, alugar um canto e tentar viver, mas aí meus pais me interditaram. Gostei de trabalhar no salão, e gosto de ver as mensagens das pessoas que me acompanham.

Mensagens de carinho me fazem sorrir, mas aí eu lembro que eles não me conhecem bem, não sabem o quanto sou grossa, estúpida, nada sociável, depressiva... Uma morta viva.

Eu gosto do que faço. Ainda me mantém um pouco sã.

— O trabalho me chama. — Solange fala, levantando da cadeira. — Até mais tarde, pode ir para o almoço.

Agradeço e saio para almoçar no restaurante, antes eu voltava para casa, agora prefiro ficar fora.

Depois do almoço terminar fico na praça, à espera do meu horário de retornar ao trabalho chegar.

Faltando dez minutos, eu volto para o trabalho, mas assim que chego na entrada do salão, eu o vejo encostado na moto: Leandro!

Ninguém merece!

— Pamela!

Fecho meus olhos com força e com muita raiva.

— Eu sempre esqueço de pedir para impedirem sua entrada aqui. — olho para Leandro. — O que quer?

— É a calçada, não preciso de autorização para estar aqui. — sorri de lado. — Como assim o que quero? — eu odeio como ele é tão sonso! — Eu fiquei preocupado com você. Anteontem foi o dia de ver Adriana, vocês não se gostam, ela está morando com você, vim ver como está.

Ah, Deus, Leandro faz de novo!

É um relacionamento abusivo sem precisar de namoro! Leandro vem, fala manso, depois fala que só ele me quer e eu devo agradecer por isso, depois fala manso novamente e muitas vezes inverte a culpa... Então eu me sinto mal por tratá-lo mal, afinal, ele me trata bem... Só que ele não me trata bem!

Por isso eu quero me ver livre do Leandro, ele confunde minha mente! Ele me faz mal!

— Não se preocupe, Leandro, nem eu e nem Adriana cometeremos algum assassinato.

Leandro tenta se aproximar, e eu já dou um pulo, saindo de perto dele.

— Eu não entendo você, Pamela.

— Se você passar as mãos por esse cabelo de novo, eu jogo uma pedra em você e estragarei sua bela cara! — ameaço, com raiva por ele passar a mão no cabelo, dessa maneira tão delicada, para não bagunçar. Ele para de fazer essa coisa irritante após minha ameaça. — E pare de me procurar. Agradeço imensamente a surpresa com os pertences de Melina, mas pronto, pode seguir seu rumo.

— Eu não entendo... — ele passaria as mãos nos cabelos daquela maneira irritante, mas ele logo se retrai e abaixa as mãos. — Você me tratou mal anteontem, depois foi lá fora pedir desculpas...

— Eu não pedi desculpas.

— Sim, pediu.

— Pedi nada, tenho certeza disso! — ele sempre tenta contar alguma história que nunca existiu... Eu digo: Leandro quer confundir minha mente! — Eu só pedi desculpas para Bruno.

— Quem é Bruno?

O carinha que estou afim em apenas dois dias!

— Um cara legal. — respondo.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن