— Pamela, não faça nada contra Adriana. — a maneira como fala, a maneira como protege a primogênita... Eu odeio essa mulher!

— Agora sou uma assassina. — bufo. — Puta, viciada e agora assassina.

— Ninguém mandou transar com homem casado!

— Ele não me contou que era casado, ele morava sozinho, conheço desde que vim morar aqui, como eu saberia que ele é casado se a mulher nunca apareceu?

— E você ainda bateu na esposa. — não me escuta.

— Ela me bateu. Ela queimou a cama que deitei com o marido dela, me agrediu, mas permanece com o presente de Deus dela. Claro que bati de volta, e bati nele também porque brincou com minha cara e me enganou. Me pediu em namoro, jurou amor eterno e era casado!

— Olha, eu quero que se comporte. — coloca o dedo na minha cara. — Eu não sei o que deu na Adriana para querer vir morar com você, mas se fizer algo que prejudique a imagem da Adriana, eu juro, Pamela, eu te interno contra a sua vontade.

Abaixa o dedo.

Não te afeta, Pamela! Você tem vinte e dois anos, nada do que sua mãe falar te afeta como te afetava na adolescência!

Sempre Adriana, sempre a amada. Até quando eu era uma boa menina, eu continuava sem ser amada... Nada mudou. Só não entendo por que Adriana voltará para casa e quer morar comigo.

— Não se preocupe, querida mamãe. — dou um sorriso sarcástico. — A santa e digníssima Adriana ficará intacta, de corpo e imagem.

— Obrigada por fazer algo que eu nem deveria pedir.

— Sempre me pergunto, ainda pensa em Melina?

— Não sei o que pensa de mim, Pamela, mas eu a amava tanto que cuidaria dela. Apesar de tudo, eu cuidaria de Melina. — ela parece triste, magoada, mas não acredito em nada vindo dessa mulher. — Então não diga que não a amo.

— Vou trabalhar agora. — mas evito qualquer outra discussão, ainda mais sobre Melina.

— Esteja em casa as oito da noite, nada de amiguinho estranho. Adriana não precisa saber da irmã inconsequente e viciada.

— Adriana ficará muito bem, não se preocupe, não oferecei um baseado a ela. — pego a minha bolsa do sofá, preparando-me para sair. — Eu vi fotos do jantar de ontem, seu e do meu pai, pelo meu perfil fake, já que a senhora me bloqueou.

— Você postou uma foto de biquini, me desobedeceu...

— Deveria me esquecer de uma vez. Se me odeiam tanto, se sou a vergonha da família, me esqueçam, parece mais fácil.

— Não dá para esquecer uma filha, dá para bloquear em rede social, mas esquecer não.

Doeu!

Nada dessa mulher deveria doer.

''Pais perfeitos com uma filha problemática'', todos disseram.

Sóbria há cinco meses, pelo menos de drogas...

Melina ficaria orgulhosa. Pense nisso, Pamela.


(...)


— Eu jurava que já tinha me esquecido! — rosno quando encontro Leandro sentado na cadeira onde as clientes esperam para serem atendidas. — O que faz no meu espaço?

— Precisamos conversar, Pam. — Leandro levanta da cadeira e eu me afasto quando ele tenta se aproximar. — Ainda não tem clientes, podemos conversar. Sua mãe falou comigo, disse que a Adriana está voltando para a cidade, disse que ela vai morar com você.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now