I hate you

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- Eu não aguento mais essa tala, tira o mais rápido possível, doutor. - O médico riu enquanto eu implorava sentado naquela maca, eu estava louco para me ver livre daquilo.

- Calma, mocinho. O processo já vai começar, é algo bem simples.

- Youngjae é ansioso assim mesmo. - Meu pai se pronunciou.

Em seguida, um segundo médico entrou e fez o procedimento de tirar minha tala, em pouco tempo, eu podia sentir o vento em minha perna.

- Maravilha. - Falei sorridente, desci da maca e era estranho andar normalmente. - Porém, está fedendo. - Falei e todos riram. - Posso ir agora?

- Sim, senhor. - Um dos médicos sorriu.

- Vamos pai? - Meu pai apenas assentiu, ultimamente ele andava estranho e grosso comigo, por qualquer motivo me xingava ou fazia algo que resultava em meu choro, já estava ficando tudo insuportável.

- Bom, hoje como eu vim com você aqui... - Meu pai disse enquanto nos encaminhávamos até o carro, eu parecia um retardado dando pulinho aproveitando a liberdade de minha perna. - Dá para você me ouvir? - Meu pai foi rude e eu entrei no carro.

- Fala. - Perdi meu humor.

- Então, como eu vim com você aqui hoje no horário de meu trabalho, vou ir para o escritório mais tarde hoje, então isso significa, que eu voltarei mais tarde e também significa que eu quero você em casa. - Fiquei quieto, pois hoje era o dia que Jaebum me levaria para jantar.

- Ok. - Disse simples.

Chegamos em casa e a primeira coisa que eu fiz, foi subir as escadas correndo, eu sentia falta de fazer aquilo.

- E não pense que você vai ficar em casa, se arruma e eu te levarei para a escola. - Meu pai gritou cortando meu barato.

Me arrumei e em seguida eu estava pronto para entrar nos períodos da tarde, tudo o que eu não queria.

Meu pai me levou até até a escola e eu fiz questão de pedir um carro novo, a resposta foi não, ele andava estranho ultimamente e me tratando como um merda.

- Você parou de se encontrar com Jaebum? - Ele tocou no assunto.

- Não foi isso que você ordenou há alguns meses atrás? - Fui meio rude.

- Exatamente. - Saí do carro e entrei na escola, peguei a autorização para poder entrar na sala e fui em direção a mesma.

- Minha perna voltou a funcionar. - Falei rindo para Bambam enquanto eu sentava ao lado dele. - Onde está a professora? - Perguntei ao ver que todos estavam fazendo a maior bagunça na sala e a professora não se encontrava.

- Em algum lugar da vida. - Bambam respondeu.

- Eu estava só esperando você chegar. - Ouvi a voz de Mina e pus meus olhos nela.

- O que? - Arqueei as sobrancelhas.

- Isso mesmo que você ouviu. - Ela levantou-se e ficou de frente para a turma toda.

- Não estou te entendo, flor. - Minha voz tinha tom de sarcasmo.

- Ah sei lá, Jae. - Ela me chamou por meu apelido apenas para implicar. - Só cansei de guardar segredo, sabe... Já faz uma semana que eu fiz aquela grande descoberta. - Ela estava falando de meu namoro com Jaebum, a turma olhava sem entender.

- Já faz uma semana que você foi humilhada. - Acrescentei.

- Você que viu aquilo como humilhação. - Ela rebateu.

- Aposto que você também. - Pisquei para ela que me fuzilou com os olhos.

- Sabe, garotas... - Ela se direcionou a turma. - A maioria aqui, tirando os garotos claro, estavam loucos para saber quem o gostoso do Jaebum namora... - Revirei os olhos, aquilo não me atingia nem um pouco. - Eu sei quem é.

- Então desembucha. - Uma garota pilhou.

- É, compartilha, queremos saber quem devemos matar. - Uma brincou.

- Fala, Min. Fala. - A outra reforçou.

- Palhaçada isso aí, quando vocês vão entender que Jaebum não é do tipo que curte garotas chatas e mimadas como vocês? Desencanem. - Ouviu-se uma voz masculina.

- É, venham pra nós. - Um outro garoto falou e riu.

- Fala, Min. Eu imploro. - Uma ruivinha que geralmente era quieta pediu (implorou).

- Ok, eu vou dizer. - Mina deu um sorrisinho falso se fazendo de rendida, eu observava tudo no maior tédio.

- Você vai mesmo expor minha vida sexual desse jeito? - Ouviu-se a rouquidão de Jaebum invadindo a sala, ele tinha um sorriso perfeito e debochado nos lábios. - Tudo isso porque você não conseguiu o que queria? Me ter... - Ele riu pelo nariz. - Patético. - Jaebum acrescentou. - Fala, Min. - Ele deu ênfase no apelido dela. - Fala quem é... Ou quer que eu fale?

- Eu vou quebrar essa garota. - Bambam levantou-se da cadeira e eu o segurei.

- É você? - Uma loirinha perguntou. - Não acredito.

- Eu não, xô de mim, cruz credo.

- Sou eu. - Levantei-me da cadeira e sentei-me em minha mesa, cruzando minhas pernas e fazendo uma pose superior e a maior cara de tédio, Jaebum me olhou e deu um sorriso extremamente sexy, em seguida, mordeu os lábios. Todos mantinham a atenção em mim, inclusive os garotos. - É gente. - Sorri. - Sou eu, prazer, Choi Youngjae. - Me apresentei mesmo todos já me conhecendo. - Algum problema em ter Jaebum como namorado? Eu não vejo nenhum... - Desde que vocês não contem ao meu pai. - Ele não é nenhum velho como a maioria dos funcionários desta escola, eu conheço ele bem antes de começar as aulas e ele vir trabalhar aqui. Nos apaixonamos, amor à primeira vista, não é, amor? - Fui cafona.

- Claro, querido. Eu até poderia te beijar agora, mas respeito meu local de trabalho. - JB disse formalmente e me deu vontade de rir.

- Vocês dois são ridículos. - Mina disse irritada.

- Você diz isso porque ele é meu e não seu. - Falei. - Acontece... - Pisquei para ela.

- Você é o garoto mais sortudo do mundo. - Uma garota disse.

- Estou tão aliviado de não esconder mais isso. - Menti e sorri para Jaebum.

- Grande Jaebum. - Um garoto gritou.

- Que nojo. - Uma das amigas de Mina falou.

- Bom, vou ser bem objetivo: vocês procuraram e acharam. Sim, Youngjae é meu garoto e eu o amo, não o façam nenhum mal, só isso que eu digo, se não... não respondo por meus atos. - Logo o Jaebum gangster estava ali novamente. - Até mais, galera. - Ele disse e saiu da sala, logo os cochichos e perguntas começaram.

- Ele é bom de cama?

- Você é muito sortudo.

- O que você tem que eu não tenho? - Um cérebro.

- Droga, mano, era pra ser eu.

- O beijo dele deve ser tudo. - E é.

- Quer dividir?

- Um dia serei eu.

Quando as galinhas pararam de cacarejar , minha cabeça estava explodindo. Acabou as aulas e eu só faltei soltar foguetes, garotas chatas do caralho.

- Agora todo mundo sabe. - Jaebum começou a andar ao meu lado por aquele corredor.

- É, mas não sei se envolvimento entre funcionários e alunos é algo que eles aceitem, temos que ser cuidadosos. - Acrescentei.

- O que poderia acontecer demais? Eles me demitirem? Grandes merdas, falta apenas um mês pra acabar isso e eu só estou aqui por sua causa, mas agora, eu posso ficar mais tranquilo, até porque, você sempre será meu. - Sorri.

- Pode cair nos ouvidos de meu pai. - Falei e JB ficou quieto. - Não vamos nos expor, ok?

- Ah, droga. Só porque eu estava pensando em te foder na frente da escola inteira. - Ele foi irônico. - Te pego à noite. - Ele encostou os lábios rapidamente em minha bochecha e saiu.

[...]

- O que você acha dessa roupa? - Perguntei à Bambam enquanto eu experimentava diversas roupas em meu quarto, pois daqui à duas horas Jaebum me levaria para jantar.

- Prefiro esse. - Ele disse ao mexer em meu guarda roupa e tirar um terno preto com detalhes dourados de lá, eu lembro de quando comprei aquele terno, foi puro olho grande porque ele era lindo, mas na real, eu não tinha um lugar para ir com ele e talvez, agora eu tinha.

- Puta merda, como não pensei nisso antes? - Peguei da mão dela.

- É para isso que servem os melhores amigos. - Eu ri.

- Vou para o banho, tenho que ficar cheiroso para o meu bad boy.

- Eca. - Bambam fez cara de novo.

Entrei no banheiro e fiz toda a minha higiene, passei alguns (vários) produtos de beleza para ficar com a pele radiante. Aquele momento seria especial para mim, por mais que o idiota do JB achasse tedioso e perda de tempo. Seria o nosso primeiro jantar romântico, coisa que já deveria ter acontecido há muito tempo, mas beleza, não vou reclamar, pois pelo menos consegui com que ele me levasse para jantar, coisa que uma vez eu julguei impossível.

- Eu não acho minha boxer, sexy e tal. - Eu tirava as coisas de dentro da minha gaveta de roupas íntimas.

- Nossa, você já está pensando no que vai acontecer mais além? - Bambam riu e eu ri com ele.

- Hoje a noite vai ser perfeita. - Me enchi de esperanças, por mais que eu tivesse tentando afastar um pressentimento ruim que crescia em mim. - E eu preciso do minha cueca, poxa. Não gosto de nadar nu. - Abri o roupão. - Me ajude a achar.

Possessive IJB x CYJOnde as histórias ganham vida. Descobre agora