CAPÍTULO 61 - Visita Inesperada

672 99 29
                                    

Quando eu era uma criança, meu pai dizia, com certa frequência, que apenas os tolos insistiam no erro

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Quando eu era uma criança, meu pai dizia, com certa frequência, que apenas os tolos insistiam no erro. Ele afirmava com convicção que os erros tinham o único propósito de nos fazer aprender sobre determinada situação, escolhas ou algo errôneo que tenha sido realizado por nós. Por essa razão, enquanto eu estava sentada junto a Loki, em uma luxuosa taberna situada no belíssimo litoral Grego, não pude evitar em pensar que eu era uma tola, pois estar ali, bebendo ao seu lado, era claramente um tremendo erro. Entretanto, havia algo incomum naquele erro: eu estava em paz com minha decisão de não ter retornado imediatamente para Asgard. Eu precisava daquele tempo longe de tudo; precisava tentar esquecer — ao menos por alguns dias — todos os problemas que me cercavam.

— O que achou do vinho? — perguntou Loki tirando-me dos meus devaneios.

Encarei o deus que trajava uma leve camisa branca de recorte simples que exibia boa parte de seu peitoral. Seus intensos olhos azuis como o oceano, permaneciam fixos nos meus enquanto ele aguardava por minha resposta.

— É bom. — Lambi meus lábios — É adocicado e tem um leve toque de acidez — Bebi mais um gole do líquido vermelho escuro que preenchia minha caneca — Acredito que seja uma bebida ideal para dias mais frios. Sinto que tal líquido tem a capacidade de esquentar o sangue que corre em minhas veias.

Loki sorriu.

— De fato tem. É uma bebida muito apreciada pelas mulheres. — Lançou-me um olhar malicioso.

Envolvi a caneca em meus dedos e despejei uma leve camada de gelo ao seu entorno. O vinho que um pouco antes estava um tanto quente para meu paladar, rapidamente tornou-se gelado.

— Acho que prefiro uma boa cerveja. Penso que o amargor de uma boa Ale combina mais comigo. — Tomei o resto da bebida em um só gole.

O deus da mentira que por alguma razão permanecia pensativo, apenas me encarou prolongadamente antes de despejar suas inquietações.

— Alguma vez você tomou um tempo para pensar em suas origens? — perguntou de supetão — Já pensou o quanto é diferente de seus pais? — continuou a insistir em indagações que eu não compreendia.

— Não sei do que você está falando. Meu pai era um druida, foi dele que herdei meus poderes.

Loki que não se agradou com minha resposta, prosseguiu me olhando com seus olhos que escondiam milhares de mistérios.

— Bem... embora seu pai tenha sido um druida, duvido que ele era tão poderoso quanto você. Todos sabem que são raros os seres capazes de controlar os quatro elementos da natureza; elementos estes que você domina muito bem. E de quem você herdou suas habilidades de guerreira? Sei que sua mãe não passava de uma camponesa, então essas habilidades não vieram dela. Também não vieram de seu pai, como já disse, ele era apenas um druida e os druidas não são conhecidos como guerreiros. — Ele semicerrou os olhos e apertou os lábios antes de perguntar: — Nunca achou isso estranho?

𝐒𝐀𝐂𝐑𝐈𝐅Í𝐂𝐈𝐎Onde as histórias ganham vida. Descobre agora