CAPÍTULO 54 - Não levarei o seu caos.

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"𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒇𝒐𝒊 𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒇𝒐𝒈𝒐
𝑬𝒏𝒕𝒂̃𝒐 𝒆𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒊𝒎𝒆𝒊 𝒂𝒕𝒆́ 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒎𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔𝒔𝒆".

"𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒇𝒐𝒊 𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒇𝒐𝒈𝒐𝑬𝒏𝒕𝒂̃𝒐 𝒆𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒊𝒎𝒆𝒊 𝒂𝒕𝒆́ 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒎𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔𝒔𝒆"

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Uma das piores sensações na qual eu tive o desprazer de experienciar, foi a sensação de ter sido feita de tola.

Enquanto eu chorava para liberar todos os sentimentos ruins que haviam dentro de mim, eu só conseguia pensar: por que eu me permiti a acreditar no deus da mentira? Só uma idiota completa faria tal proeza. Uma idiota como eu.

Por mais fosse de meu desejo interromper as lágrimas que derramavam de meus olhos como a queda de uma selvagem cachoeira, eu não era capaz de controlá-las, elas simplesmente continuavam a jorrar de mim como se tivessem vida própria. As lágrimas aproveitavam de sua liberdade, pois logo sabiam que eu iria aprisioná-las por mais um longo tempo.

Não esperava receber visita naquela noite, mas como as coisas estavam propensas a saírem do planejado, Acme procurou-me naquela fatídica noite.

— Erieanna. — Escutei a voz altiva de minha única amiga me chamar do outro lado da porta.

Ignorei-a, fingi que eu não estava em meu quarto. Não me encontrava nas melhores condições para conversar com qualquer pessoa.

— Sei que está aí — disse ela — Aliás, todos sabem. O palácio inteiro tremeu por conta da energia que fora lançada de seu quarto.

Merda! Parece que havia feito um péssimo trabalho tentando esconder meus sentimentos de todos.

Eu sabia que Acme não sairia dali até que falasse comigo. Desse modo, fui obrigada a recebê-la. Mas antes, forcei o choro para dentro de mim, e enxuguei os rastros de lágrimas do meu rosto. Tentei, ao menos, demonstrar que eu ainda mantinha o controle.

— Entre. — Pedi assim que abri a porta.

Em completo silêncio, Acme adentrou na escuridão do meu quarto, e com muita segurança, caminhou até minha cama.

Virei-me em sua direção e a encarei com a mesma intensidade a qual me olhava.

— Vais dizer-me o motivo de suas lágrimas, ou terei de descobrir por conta própria? — ela inquiriu com uma seriedade que jamais havia utilizado comigo.

Permaneci escorada na porta, em completo silêncio. As palavras pareciam que desapareceram por completo.

— Se não me contares, darei um jeito de descobrir. Creio que sabes que posso ser muito obstinada para conseguir o que desejo. Todavia, é de seu conhecimento que meu tempo é demasiado escasso. Então ajudaria muito, se você despejasse de uma vez, quais são os motivos de seu péssimo humor. — a jovem proferiu com tanta firmeza, que mesmo que seu rosto estivesse parcialmente escondido pelas sombras, pude ver um brilho perigosos refletindo em seus intensos olhos verdes.

𝐒𝐀𝐂𝐑𝐈𝐅Í𝐂𝐈𝐎Onde as histórias ganham vida. Descobre agora