CAPÍTULO 51 - O Labirinto

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"𝐶𝑜𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑒 𝑢𝑚 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑑𝑟𝑎𝑠

𝐸 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠

𝐸𝑙𝑎 𝑣𝑎𝑖, 𝑒𝑙𝑎 𝑣𝑎𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎"

(𝑨𝑼𝑹𝑶𝑹𝑨 - 𝑨𝒘𝒂𝒌𝒆𝒏𝒊𝒏𝒈)

(𝑨𝑼𝑹𝑶𝑹𝑨 - 𝑨𝒘𝒂𝒌𝒆𝒏𝒊𝒏𝒈)

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Abutres. Os asgardianos não passavam de abutres sedentos por sangue. Mas não qualquer sangue, sedentos para ver o derramar do sangue da minha amiga nos solos de Asgard. Não importava se ela vencesse ou morresse, se houvesse um derramamento de sangue, já seria o suficiente para entretê-los em suas enfadonhas imortalidade.

Cerrei o punho com força e senti as unhas rasgarem a pele da minha mão. Eu poderia matar a todos, entretanto, tinha a certeza de que iniciar uma chacina não iria favorecer a situação de Acme, ao contrário, poderia acarretar uma consequência desastrosa. Sendo assim, respirei fundo ao escutar Odin iniciar seu discurso.

— Meus caros amigos — iniciou ele mantendo sua tão familiar postura austera — Estamos reunidos novamente, para dar prosseguimento ao segundo Teste dos Deuses que Acme, de bom grado, aceitou enfrentar. — Lançou seu olhar para minha amiga que permanecia em pé, ao lado de Thor. Ambos ostentavam uma expressão de seriedade e não havia qualquer traço de emoção em suas faces.

Enquanto Odin continuava com seu discurso, aproveitei o momento para analisar sua esposa, Frigga. Tentei encontrar em seu rosto, em suas expressões, em seu olhar, qualquer indício que pudesse comprovar que ela ansiava pela morte de minha amiga.

A bela mulher mantinha-se um pouco atrás de seu esposo, em sinal de respeito e, talvez, de submissão. Fazia muito frio em Asgard e o céu cinzento despejava pequenos flocos de neve que prenderam-se em alguns dos fios cor de fogo de seus longos cabelos. A imponente deusa suprema da dinastia Aesir, mantinha seus límpidos olhos azuis fixos na multidão de espectadores. Contudo, como se tivesse percebido que eu a observava com mais cuidado que os demais, Frigga direcionou sua atenção para mim. Não desviei o olhar, queria que ela soubesse da minha desconfiança; queria que ela se sentisse ameaçada. A mulher, por sua vez, arqueou uma de suas sobrancelhas bem delineadas enquanto encarou-me com demasiada cautela. Semicerrei o olhos em um gesto de desconfiança. Frigga, com certeza, escondia muitos segredos. Segredos que eu desvendaria.

Poderia tentar invadir sua mente e desbravar todos seus mistérios, entretanto algo no discurso de Odin chamou minha atenção. Assim, voltei a concentrar-me nas palavras que saíam dos lábios do deus supremo.

— Sei que todos querem contemplar cada parte desse desafio. No entanto, lamento informá-los que vocês não poderão testemunhar, com vossos olhos, o que ocorrerá no dia de hoje. — disse o deus enquanto observava sua plateia que começou a ficar agitada. — O segundo teste ocorrerá nas profundezas das Montanhas de Nidavellir, cujo domínio pertence ao Senhor Alderon, e este deixou claro que apenas os deuses são bem-vindos a adentrar em seu mundo.

𝐒𝐀𝐂𝐑𝐈𝐅Í𝐂𝐈𝐎Onde as histórias ganham vida. Descobre agora