Capítulo 5

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Primeiro capítulo narrado por ele 👑

P.S.: Contém erros.

Atentem para essa música linda: Imagine Dragons - Birds.
"Tudo é temporário, tudo vai passar"

"Tudo é temporário, tudo vai passar"

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Minha cabeça doía quando desembarquei no aeroporto de Malmö. Ainda me sentia bêbado dá última noite, como se meu sangue fosse constituído de álcool. Meus olhos ardiam por trás das lentes de contato, mas não as substituiria pelos óculos até chegar à fazenda. Evitava usá-los em público cada vez mais.

Meu pai me esperava no portão de desembarque. Leonora, minha irmã mais velha, estava com ele. Me abraçaram bem forte e me encheram de perguntas a respeito da minha segunda viagem de férias sozinho.

Amava minha irmã com todo meu coração, e meu pai era um ídolo para mim, mas só queria que eles parassem de falar. Minhas têmporas latejavam cada vez mais.

Leonora se despediu de nós ao lado do carro, prometendo que nos visitaria com seu noivo o mais rápido possível. Quando ela deu as costas e caminhou pelo estacionamento, senti o primeiro sinal do vazio que voltaria a ocupar meu peito.

Durante muito tempo, ela tinha sido a única pessoa com quem eu conversava, com quem conseguia ficar à vontade, então ela entrou para a faculdade e foi embora.

— Conheceu alguém?

— Não, pai. As garotas de Estocolmo... — comecei a falar com toda a força de vontade, mas ele me interrompeu.

— Não falei especificamente de garotas. Falei sobre alguém.

Meu crânio era como uma granada prestes a explodir, minha boca estava seca e o estômago vazio se embrulhava cada vez mais conforme ele manobrava para fora do estacionamento e tomava a rodovia para Agaton.

— Sabe que tem liberdade para falar comigo sobre o que quiser, não sabe?

Sei disso, pai, só que agora tudo que preciso é do bom e velho silêncio.

— Claro — respondi tentando não parecer tão mal-humorado.

— Sabe, filho, sua mãe e eu não temos preconceito. Saiba que não ficaremos magoados se você nos contar que não gosta de garotas, que sente atração por homens...

— Pai! — o som da minha própria voz causava pontadas na minha cabeça.

— Te aceitamos do jeito que for — ele insistiu, com uma das palmas erguida, enquanto a outra apertava o volante.

— Pareço gay? — murmurei sentindo a tensão no maxilar, grato por só estarmos nós dois no carro e não haver testemunhas.

— Não é que você parece, mas não é normal um rapaz como você nunca ter levado uma garota em casa.

Nem Todos Os Príncipes Usam Coroa (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora