Capítulo 3

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Boa noite people!
Como estão passando?
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👑👑👑

— Não sei o que falar — ele sussurrou.

— Então não fale — respondi depois de um soluço.

— Mas eu gostaria de dizer alguma coisa que pudesse fazer você sorrir. Queria muito, Lucy, só que não sei consolar pessoas. Dizer "sinto muito" não vai mudar nada.

— Só de você estar aqui já faz muita diferença — respondi baixinho, com meus lábios inchados contra sua camiseta. — Sei que não devia me importar com a opinião dos outros...

— Tem razão, não deveria mesmo. Aquela garota queria te jogar para baixo porque sente inveja.

— Inveja? — perguntei perplexa. — Inveja dos meus vestidos de brechó? Da mochila que eu uso desde a oitava série? Inveja das horas de trabalho, das minhas notas baixas?

— Droga! Não sei o que dizer, é sério! — Axel falou com a voz chateada. — Tenho a garota mais incrível da escola nos meus braços e não sei como animá-la.

— A garota mais incrível da escola?

Como estava com a cabeça apoiada no seu peito, notei que seus batimentos cardíacos ficaram mais rápidos.

— Quando perguntei se você tinha estudado na mesma turma que eu, só estava arranjando assunto, o que prova que também não sei puxar conversa — ele disse e seu coração bateu ainda mais forte. — Eu sabia quem você era, porque ainda me lembro de te ver entrando na sala atrasada no primeiro dia de aula. Você estava vermelha e envergonhada, com os olhos arregalados, sua respiração ofegante, e me lembro de ter te achado a garota mais meiga que já conheci.

Estava mordendo a unha do dedão. Naquele momento, era meu coração que batia acelerado.

— Por que nunca falou comigo? Você sentava sozinho no almoço e eu também.

— Precisei beber para conseguir falar com você pelo telefone, não entende? Mesmo chapado, estava morrendo de medo de você não aceitar a carona, de ser grossa e desligar na minha cara.

— Você é muito tímido? — questionei e ergui o rosto para encará-lo sem me importar com meus olhos inchados.

— Mais do que imagina — ele admitiu.

— Que meigo! — comentei o encarando sob a luz fraca que entrava pelas frestas da arquibancada, ainda com os braços em volta do seu tórax.

Pela primeira vez, não me senti insegura por estar sozinha com um garoto. Ele podia fazer qualquer coisa comigo, já que todos os alunos estavam no refeitório, mas tinha certeza que Axel nunca faria algo de ruim contra mim.

Ele se moveu um pouco, mas não se afastou. Seus braços estavam em volta dos meus ombros. Só naquele instante é que me dei conta do quanto estávamos próximos.

— Não tem nada de meigo em ser tímido. Não é nem um pouco legal! Você é meiga, eu sou um babaca. Lucy, você não imagina o quanto me odeio por ser assim, por não ter tido a capacidade de me aproximar de você e te convidar para alguma festa ou simplesmente pedir seu telefone. Me odeio, de verdade, mas não consigo me livrar dessa vergonha que me faz travar.

Seu coração estava tão acelerado que podia sentir seu corpo estremecendo.

— Você não é um babaca. Sabe como é difícil encontrar um rapaz como você hoje em dia? Aliás, eu teria adorado se você tivesse falado comigo no segundo ano.

Nem Todos Os Príncipes Usam Coroa (DEGUSTAÇÃO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora