Capítulo 9 - Ajuda inesperada

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O grupo se dirigia a um bar que havia perto do hotel que passaram a noite. Dono do local disse que naquele bar poderiam conseguir informações, pois, mesmo que clandestinamente, muitos humanos frequentavam o estabelecimento, além de ciborgues. Foi um choque para os quatro, que pensavam ter de enfrentar a Cybernature sozinhos, mas, como Hide pensava, a missão ainda estava de pé.

Antes de saírem do hotel, reuniram-se no mesmo quarto para discutirem como irão agir.

- Certo, lembrem-se: abordagem sutil, e apenas usem a violência em casos extremos. - Edward recapitulava o plano aos três, que acenavam com a cabeça em sinal de afirmação. - Ei, meia-boca, você talvez consiga mais informações que nós, por ser um aprimorado. Tente conversar mais com os ciborgues, no final reuniremos as informações que conseguimos, Com sorte teremos no mínimo um membro novo. Vamos.

Dito toda a missão, o grupo adentrava o bar, separando-se para buscar informações. O bar não era muito grande; o balcão tinha o dono como barmen, alguns bancos em volta, algumas mesas separadas. Não estava muito cheio, os três humanos recebiam alguns olhares estranhos de outros ciborgues, enquanto os poucos humanos nem prestaram atenção e continuaram a beber e jogar.

Trish se sentou em volta do balcão, chamando o dono para um pedido, Edward conseguiu entrar em um jogo de cartas que estava acontecendo em uma mesa, Ashley conversava com uma mulher humana, mas a conversa não parecia dar algum resultado útil, Hide também se sentou em volta do balcão, afastado de Trish para não pensarem que ela estava acompanhada, dando mais chances de ter sucesso em uma conversa.

Após alguns minutos apenas sentados e bebendo, uma ciborgue se sentou ao lado do soldado, ela fumava e possuía uma vestimenta mais curta que o padrão, olhando para Hide de forma sugestiva, ficou claro para o rapaz que se tratava de uma prostituta, ele sutilmente olhou para seus companheiros, que acenaram positivamente.

- São 50 códigos. - Dizia a moça para Hide, códigos era como eles chamavam o dinheiro naquela cidade, o soldado lembra de Trish, citando isso na reunião que tiveram no hotel: os que não possuem braços aprimorados pagam em notas com a aparência parecida com o dólar, já os que possuíam a parte de cima robótica apertavam as mãos para fazer uma transferência bancária, como Hide não possuía conta bancária na cidade, teve de entregar em notas à moça, Ashley quem havia entregado uma quantia a cada um do grupo, provável que havia roubado.

A moça olhou um pouco torto para o soldado, mas aceitou o dinheiro. - Siga-me.

Ela foi em direção a uma sala dos fundos no bar, acompanhada de Hide, ele estava um pouco nervoso mas sabia o que tinha de fazer, chegando na sala, que estava mais pra um depósito, a moça começava a desabotoar o colete, deixando seus seios a mostra, Hide desviava o olhar mas também não conseguia se conter, envergonhado e puxando sua gola um pouco.

-É sua primeira vez? - A moça se aproximava lentamente de Hide, colocando suas mãos por baixo da camiseta do soldado, encostando seus seios com alguns circuitos passando no peitoral dele. - Belo aprimoramento, huhum.

- E-espera eu- - O soldado foi interrompido pelos lábios da moça, ele não sabia como agir, mesmo com boa parte do rosto dela sendo robótico, sua boca era macia e morna, uma sensação reconfortante envolvia Hide, enquanto ele vagarosamente ia segurando no cabo de sua katana.

O aprimorado lembrava da explicação que recebeu a respeito de sua arma, Trish foi quem a havia criado e no hotel ela havia dito como funcionava.

- Sua katana, assim como o bastão de Edward, são armas de alta frequência, dentro delas há uma corrente alternada, que provoca uma ressonância, ao atingir uma superfície, ela enfraquece as ligações entre as moléculas, atravessando tudo, a de Edward por ser de impacto, quebra tudo, porém, para funcionar e o corte ser profundo o suficiente, ela precisa de energia, não apenas de força.

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