6:00 AM

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— Eu te quero! — Exijo com uma convicção jamais conhecida por mim.

— Maya, olha, eu não posso. Você tem namorado, sei que tem. — Nega séria.

— Não tenho namorado. Não essa noite. — Rebato mostrando meu dedo sem aliança.

— Mas quando acordar amanhã de manhã terá. E isso não é justo com ninguém. Nem com você, nem comigo e muito menos com ele. — Continua negando.

— Mas a poucos minutos atrás era justo com todos. — Digo chateada.

— A poucos minutos atrás estava embriagada no seu perfume. — Me encara firme.

— Entendi que é uma boa menina, que faz as coisas certas dentro do possível. — Falo fazendo um carinho em sua nuca.

— Dentro do possível? — Pergunta confusa.

— Porque é impossível você negar transar comigo a noite inteira. Não é o que você quer? Me comer a noite inteira? Hm eu mal posso esperar.— Sussuro em seu ouvido observando sua nuca se arrepiar.

— Maya... Isso é um jogo sujo e bem baixo. — Sussurra de olhos fechados.

— Imagina. Me imagina sem roupa, em cima de você gemendo e gritando o seu nome a noite inteira. — Continuo puxando forte seus cabelos entre meus dedos em deleite.

— Maya... — Repete meu nome devagar ainda de olhos fechados.

— É assim que vai me chamar quando eu estiver te tocando, te sentindo. É assim? Repete desse jeito vai. — Aperto sua cintura.

— Maya... — Repete.

— Olha 'pra mim. — Sussurro.

Seus olhos abriram imediatamente e vi seus olhos azuis, ou quase azuis, pois o azul dos seus olhos estavam submergidos pela sua íris dilatada.

— Aonde é a sua casa? — Pergunta Billie direta.

— Quarenta minutos daqui. — Conto.

— Não vai dar tempo. — Diz ríspida.

Billie pega minha mão e me puxa entre as pessoas, quando nos afastamos do tumulto, subimos um lance de escadas e fui prensada na parede ao lado de uma porta.

Sentia o seu joelho entre os meus, suas mãos firmes em minha cintura. Sua boca em meu pescoço, me sentia uma preza, pelo jeito que ela me empurrava contra a parede com o seu corpo.

Me fazendo, involuntariamente, senti-lo. Seus dentes se fechavam e abriam sobre a pele sensível do meu pescoço e por mais que fosse algo intenso e apressado não machucava. Ela cuidava dos mínimos detalhes.

Sua coxa hora ou outra esbarrava entre minhas pernas, o que me fazia apertá-la no local para ter mais desse contado.

Estava calor, calor insuportável, e só eu parecia sentir. Os cabelos grudavam em minha nuca, mas me consolava por saber que não era a única, tendo os fios molhados da nuca de Billie entre os meus dedos.

E com essa vantagem tirei delicadamente sua cabeça do meu pescoço, olhando em seus olhos em centímetros de distância, sentia sua respiração bater em meu rosto, ofegante.

Os lábios avermelhados e maiores do que normalmente. Só quero provar deles em todos os lugares.

Selo seu queixo, vendo seus olhos se fecharem em antecipação, depois seu lábio inferior. Dou uma mordidinha lenta no mesmo.

Queria aproveitar todos os detalhes, guardá-los na memória nossa primeira e última vez.

Inicio um beijo finalmente. Poderia ter a oportunidade de provar todas as bocas do mundo e nenhuma delas iriam superar a que tenho entre a minha agora.

"A visa for Europe, please" • Billie Eilish Onde as histórias ganham vida. Descobre agora