10 -Lado B

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 "A dor que carrega uma lembrança"

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 "A dor que carrega uma lembrança"

CARTA V

Era de manhã e eu estava tomando café da manhã, havia preparado torradas e um suco de manga e o posto sobre a mesa, eu já estava comendo quando meu pai desceu as escadas calmo.

- Bom dia meu filho! Uau! Você preparando o café da manhã é impressionante, ainda estou sonhando? Eu podia jurar que já tinha acordado! - Meu pai disse risonho.

- Hahaha, muito engraçado senhor! Você não está sonhando! Fiz apenas algumas torradas e um suco, fique calmo que o mundo não vai acabar! Deixe para se impressionar e me mandar para um hospício quando você acordar e eu tiver feito um bolo! - Sorri ao falar e meu pai riu.

- Vou guardar essa dica! - Ele me deu uma piscadela enchendo seu copo com o suco.

Tomamos o café da manhã calmamente; pela primeira vez em semanas eu conversava com meu pai com palavras e frases e não apenas um "uhum" ou "bom dia" e "estou saindo" era a primeira vez desde a morte de Olívia que eu conversava com meu pai normalmente e isso era tão bom, as coisas pareciam que iam voltar ao normal, mas não iam, eu sei disso.

Saí de casa com um livro e me sentei na grama do quintal para ler, quando ouço alguém falar comigo.

- Bom dia Sam! - Diz uma voz de mulher e ao olhar para a pessoa eu sorrio de lado.

- Bom dia Senhora Éster! - A mãe de Olívia me olhava do outro lado da cerca com seu sorriso tranquilo, abaixo de seus olhos haviam olheiras e em seu rosto diversas marcas de expressão espalhadas, o cabelo castanho escuro um pouco emaranhado e alguns fios brancos já eram visíveis, sentia pena dela, mas ao mesmo tempo admiração! A Sra. Éster já havia perdido o marido em um acidente de moto e então a filha, não é para qualquer um suportar tudo isso e ainda sorrir com tranquilidade, os olhos negros como carvão assim como de Olívia já não traziam tanta alegria e sim a história de uma mulher forte que suportou muitas coisas e que ainda assim se mantém de pé.

- Sam, sei que isso deve ser algo meio cruel para pedir a você, e tudo bem mesmo se preferir não me ajudar, pois entendo que é meio complicado, mas poderia por favor me ajudar a mexer nas coisas... dela? – Me senti meio desconcertado com o pedido.

Eu a olhei, sabia que não deveria estar sendo fácil, e que estava sendo muito mais difícil pedir para mim, então quem eu seria se não aceitasse? As pessoas costumam achar que sou alguém corajoso, diferente de Jared que provavelmente começaria a chorar, Oliv era a única que nos conhecia o suficiente, "Sam parece ser a pessoa mais corajosa em todo o mundo! Mas é um dos mais medrosos! "

- É-é claro que eu a ajudo Sra. Éster! - Me levantei da grama e deixei meu livro sobre uma cadeira.

- Obrigada Sam! Agradeço de verdade! - Sra. Éster disse e eu assenti enquanto pulava sobre a cerca, ela foi entrando e me sinalizou com a cabeça para eu a seguir e fiz o mesmo.

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