When bad does good

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Jungkookie foi todo tímido, roçando os lábios num selinho reticente. Dava pra perceber que sua respiração estava alterada e provavelmente seu coração batia acelerado. Era a primeira vez que ele beijava um garoto e eu achava lindo seu lábio inferior trêmulo sendo controlado pelo polegar do hyung que o acariciava enquanto sorria, só para depois voltar a beijá-lo, dessa vez com mais ímpeto. Taehyung apertou com força a cintura de Jungkookie, que suspirou contra a boca dele e ousou colocar a língua, sempre atrevido o meu menino, apesar da timidez e do nervosismo. De vez em quando, Kookie me espiava de rabo de olho, buscando aprovação. Acariciei sua nuca com a ponta dos dedos, incentivando-o, dizendo em silêncio para ele aproveitar o momento. Ele foi se empolgando enquanto se deixava conduzir, entregue como só ele sabia ser, nitidamente queimando de desejo por aquele hyung tão bonito que nem parecia real. Foi naquele momento que eu entendi: ver Jungkook tendo prazer me satisfazia quase a ponto de romper o coração, era tão intenso que se assemelhava a uma experiência sobrenatural. Dentro de mim, eu só desejava que Taehyung o tocasse do jeito certo, da maneira que o faria arrepiar e vibrar. Quando Kim escapou de seus lábios para beijar seu pescoço, dirigiu-se a mim entre um selinho e outro:

– Tá gostando do show, noona?

De onde ele tinha tirado que podia me chamar daquela forma?

– É – dei de ombros, dissimulando indiferença. – Podia ser melhor.

Sabia que Jungkook se mantinha alheio à nossa troca de farpas pois tinha o rosto virado para o lado oposto, fora o êxtase pelos beijos e a música alta.

– Como? – agarrou o quadril de seu dongsaeng e girou-o no próprio eixo com uma brutalidade inesperada, de forma a deixar a bunda dele grudada a seu quadril. – Assim?

Podia ver um volume bem delineado na calça de Kookie. Fiquei me perguntando se ele ainda usava o plug e o harness. Era possível entrever a coleira de couro pela gola da camisa.

– H-hyungie – se não fossem as luzes da boate, certamente seu rosto exibiria um vermelho reluzente.

Taehyung o pressionava cada vez mais, beijando sua nuca e correndo as mãos pelas laterais do seu corpo, numa lentidão torturante, deixando-se guiar pelo ritmo sexy da música. Tinha um sorrisinho safado no rosto e de vez em quando colocava a pontinha da língua pra fora, ou mordia o lábio inferior de um jeito obsceno. Meu corpo parecia prestes a entrar em combustão. O de Jungkook só faltava derreter nas mãos do colega de faculdade.

E, no momento em que estávamos prestes a explodir de desejo, Kim se afastou do corpo do meu garoto. Deu um passo curto na minha direção e despejou essas palavras no meu ouvido:

– Sei que você tá doida pra me ver comendo seu namoradinho. Vou pensar no seu caso, linda.

Observei-o se afastar, abrindo caminho entre as pessoas da pista de dança lotada numa sexta-feira, e meu primeiro impulso foi ir atrás. Segui-o com o sangue borbulhando, pensando num plano, num jeito de colocar aquele maldito no lugar dele. O destino sorriu pra mim quando, em vez de caminhar em direção à saída, Kim Taehyung entrou no banheiro masculino. Não pensei duas vezes. Entrei junto. Por sorte não havia mais ninguém além dele lá dentro, mesmo assim o garoto levou um susto ao me ver parada à porta, as mãos na cintura, por mais que tenha tentado disfarçar.

– Aqui é o banheiro masculino – fingiu que arrumava o cabelo em frente ao espelho.

– E daí?

– Se entrar algum cara e implicar com a sua presença? Ele pode chamar o segurança e te expulsar daqui – havia um sutil tom de ameaça em sua voz.

Sem pensar, arrastei com o pé uma lata de lixo grande e pesada, bloqueando a porta.

– Ninguém vai entrar.

Good boy 2Where stories live. Discover now