Capítulo 15 - Faz de Conta que Acontece

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Olá Fiores e Felinas!

Demorou, mas chegou e mais uma vez peço desculpas. Minha vida acadêmica está uma bagunça kkkkk

Espero que gostem deste capítulo que fiz muito carinho para vocês.

Boa leitura! 

***

"Posso finalmente ser eu mesmo agora. Na verdade, não há nada que eu não possa ser. Eu quero que o mundo veja você ficar comigo."

(Hey, sou sister – Train)

Durante o restante do nosso percurso, Marcos estava completamente agitado, o que me fez temer algum acidente. Pedi para que ele parasse o carro para que trocássemos de lugar, mas ele era muito teimoso para aceitar. Só o fez após muita insistência da minha parte.

Alguns quilômetros à frente, eu me arrependi completamente. Marcos pode ser um excelente motorista, mas é um péssimo passageiro. Em pouco espaço de tempo, ele havia se tornado fotógrafo, comediante, cantor, e um belo palpiteiro de plantão em relação ao modo como eu conduzia o seu carro. Pensei várias vezes em desafivelar seu cinto, destravar a porta e empurrá-lo para fora, mas eu infelizmente não podia, ele havia feito muito por mim, o mínimo que eu deveria fazer era tolerá-lo até a casa de sua mãe.

Não vou negar que eu também estava aflita para saber o que me esperava, mas eu não podia deixar de sorrir ao pensar que a cada metro percorrido, seria um litro de baba a menos nos bancos traseiros. Catrina e Lilica já estavam impacientes com a demora. Não vi alternativa a não ser acelerar um pouco mais o que fez Marcos se silenciar instantaneamente despertando minha curiosidade.

- Está tudo bem? – inquiri com os olhos fixos na estrada.

Não ouvi resposta alguma. Desviei os olhos rapidamente para ele, e pude vê-lo encarar a estrada com tamanha atenção.

- Amém! – ele disse do nada me assustando. – Me desculpe, mas do jeito que está dirigindo, nada melhor que uma ajudinha extra para chegar vivo em casa, não é mesmo? – gracejou.

- Palhaço! – sorri. – É isso ou ter seus luxuosos bancos completamente danificados. – olhei rapidamente para ele. – O que prefere?

- Pé na tábua Felina. – disse segurando a alça de teto. – Eu acho que posso rezar mais um pouco. – sorriu amigavelmente.

Para a minha alegria, não demoramos para chegar à cidade natal de Marcos, mas para o meu desespero, estávamos indo a um bairro tradicional da cidade e tudo o que eu menos queria era mais encrenca com pessoas de grife como Julie e eu nos referíamos à pessoas que apenas viviam no seu mundinho lindo, rico e cor de rosa.

- Pode diminuir a velocidade Felina. – Marcos sorriu acionando um pequeno controle que estava sobre o painel, fazendo um enorme portão de grades pretas se abrir silenciosamente no fim da rua. – Pode entrar.

Assenti silenciosamente e guiei o carro até a casa indicada.

- Achei que sua mãe morasse em uma casa, não em um condomínio. – disse quando vi uma placa sobre os enormes portões escuros Condomínio Athenas.

- Na verdade era, mas devido aos vizinhos insuportáveis, meu pai comprou tudo, demoliu e depois construiu nossa casa e aquela pequena. – a indicou com a cabeça. – É a casa que minha mãe deu à nossa governanta.

Senti um arrepio na espinha e engoli seco ao imaginar como os pais de Marcos poderiam ser arrogantes comigo.

Com as pernas trêmulas, guiei o carro até a entrada da casa maior. Com um pouco de relutância, desci do carro quando Marcos abriu a porta para que eu pudesse descer.

Abaixo o Amor!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora