Sulamita suspirou e apanhou uma flor em seguida. Ela era amarela, muito bonita e pequena. Voltaram para a casa, onde alguns seguranças fingiam que não viram nada por estarem olhando para os celulares.
— Vossa Alteza, quero lhe lembrar que o voo é dezessete horas. –disse Tony.
— Obrigado, Tony, temos então uma hora e pouco.
— Então, vamos tomar café? –Perguntou Sulamita.
— A partir dessa viagem também só vou querer beber café coado, como dizem vocês brasileiros. –Ele abriu aquele sorriso lindo de quando estavam no universo particular na varanda.
— Pois quer me ver preparando?
— Claro!
— Hoje temos muitos convidados, então, vou fazer o nosso separadamente. Para que você possa fazer uns três copos, deve colocar esse tanto de água.
Ele sorriu e sentou sobre o fogão que era de cimento, parte de lenha e parte de carvão. Aquela simplicidade era aconchegante.
— Você é uma ótima professora.
— Obrigada. Vamos ver se você será um bom aluno. Com essa colher, deve colocar três colheres de açúcar e uma e meia de café. Esse é naturalmente mais forte, então não a encha tanto –pediu.
— Okay, vamos lá.
Ele a obedeceu e ela após experimentar gostou, abrindo um sorriso de orgulho. Sulamita pegou outra colher e pediu para ele experimentar também. Ele colocou as mãos para trás como se exigisse que ela colocasse a colher em sua boca para que bebericasse. Ao fazer isso, ele também gostou.
— É bem melhor ficar perto de você assim do que separados por aquela varanda. –O rapaz disse querendo a abraçar de novo.
Ela não era só doce, mas em sua inocência, não tinha a total consciência do que provocava em Richard. Ele a achava linda e irresistível. Não falava isso para continuar mantendo aquele estilo de amigo que manda aqui e ali aquelas indiretas sobre o que sente.
— Suas mãos são pequeninas em comparação às minhas, olha só.
Escorou-se no fogão de cimento novamente, pegando a mão dela e sobrepondo a dele. Ela gostou do calor que havia ali. Quando ele entrelaçou os dedos nos dela, olhou em seus olhos e suspirou.
— Isso é muito bom. –Refletiu o rapaz com os olhos fitando a boca dela.
Nesse meio tempo aquele coração no peito dela já acelerava suas batidas. Mas, como não tinha certeza de que o que havia entre os dois era real ou não, soltou-se da mão dele e o clima se quebrou. Ela quase sussurrou, pois não queria que as pessoas na sala vizinha ouvissem:
— Richard, outra menina em meu lugar te beijaria bem agora. Você é muito lindo, devo admitir.
Ele abriu um sorriso que a fez suspirar sem perceber e ela continuou:
— No entanto, não sei se o que você sente por mim é mesmo real. Se não está só brincando comigo. Então, tem um ditado que diz que quando amamos demonstramos isso com atitudes e não só palavras. Verei quem é e o que pretende de verdade e se nossos sentimentos crescerão em um nível, aquele de ser inadmissível viver sem olhar para o outro todos os dias.
Ela sorriu e olhando para a montanha verde pela porta da cozinha, continuou:
— Eu pedi a Deus para namorar para casar, por isso, quero namorar com aquele que eu saiba que será meu esposo, ou que Deus mostre isso.
— Ouvi sobre isso. Sobre orar para namorar. É muito bonito –disse parecendo derrotado, mas sorrindo após, pensando que talvez fosse o único que a beijasse pelo resto da vida dela. Ele continuou:
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O que me dizem Cantares de Salomão?
EspiritualRichard Solomon se viu diante do futuro casamento pela Seleção ''Quem Quer Ser Uma Princesa''. Sim, ele é o príncipe coroado de Acaia, um país europeu pequeno, mas muito amado. No entanto, alguns rumores tem ameaçado destruir a monarquia, o que fez...
Capítulo 21 - Três por cento...
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