No dia em que Alan Levine decide pedir Rebecca, sua namorada, em casamento - ela aparece com outro homem e termina o relacionamento de quatro anos dos dois.
Insatisfeito e ainda apaixonado, Alan decide reconquistar a ex.
É quando ele conhece Viola...
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Alan L.
Encaro o contato da Viola no meu telefone mais uma vez e ainda não decido se ligo ou não.
Levanto o rosto e olho para o cômodo da sala, logo a minha frente.
Rebecca está lá.
Na minha casa, usando uma camiseta folgada da Bianca, deitada no meu sofá, com as pernas esticadas e cobertas com um cobertor enquanto assiste algum programa de TV e bebê uma xícara de chá.
Não sei oque pensar dessa situação.
— Alan... — escuto a minha ex me chamar.
— Hum?
— Estava ótimo — esticou a xícara na minha direção, me fazendo levantar do banco a ir até ela — Obrigada.
Tento sorrir mas não consigo.
— Obrigada por tudo que você está fazendo por mim — acrescentou e eu quis arrancar os meus ouvidos para não ter que escutar mais — Ainda mais depois do que eu te fiz.
Não respondo e engulo seco, forçando um sorriso fraco.
Mas que droga.
— Então, Rebecca... — eu começou, mas sou interrompido:
— Uau — a garota riu, seca — Você nunca me chamou de Rebecca. Sempre Becca, mas nunca Rebecca. É estranho... — riu, novamente.
Levanto às mãos e coço o pescoço, desconfortável.
— Pois é...
— O que você iria dizer? — ela se sentou, ficando de frente para mim.
— Hum... é que, bom... eu liguei para os seus pais e contei a situação, sem deixar eles preocupados — desvio os olhos — A sua mãe disse que vai comprar a passagem hoje e se der tudo certo... ela chega aqui depois de amanhã.
— Ok...
— Ela também me falou que nem sabia que você estava grávida — acrescento, duvidoso.
— É verdade. Eu queria fazer uma surpresa antes de... — fechou os olhos e eu achei que ela iria começar a chorar, então a cortei:
— Certo. Entendi.
Balanço a cabeça vagarosamente e ando até onde eu estava, sentado no banco da cozinha bem afastado dela.
— Alan?
Viro para trás, novamente:
— O que foi?
— Obrigada... de novo.
— Não se preocupe — sorrio.
Quem tem que se preocupar sou eu, na verdade.
Rebecca tinha recebido alta do hospital essa manhã e com o medo de que Bernardo estivesse a esperando no seu apartamento, eu a trouxe para o meu.
