No dia em que Alan Levine decide pedir Rebecca, sua namorada, em casamento - ela aparece com outro homem e termina o relacionamento de quatro anos dos dois.
Insatisfeito e ainda apaixonado, Alan decide reconquistar a ex.
É quando ele conhece Viola...
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Viola M.
Trabalhar para a Renata Levine não era nada calmo como eu imaginei. Afinal, além de ser uma mulher que está sempre inquieta, ela também era uma publicitária de sucesso muito disputada.
Como pessoa, eu deduziria alguém bem perfeccionista, que sabe muito bem separar o trabalho da vida pessoal.
E apesar de a empresa estar sempre movimentada, cheia de homens e mulheres importantes, eu não fazia muita coisa por lá.
Às vezes, quando Renata estava de bom humor, me chamava em seu escritório particular e pedia para eu assistir seus comerciais e dar opiniões.
Mas na maior parte do tempo, quando eu não tinha que fazer cópias de documentos ou organizar os horários de suas reuniões - no mínimo, duas por dia - eu ficava sentada girando e girando na cadeira de rodinhas do balcão da recepção, exatamente como eu estava no momento.
— Hora do almoço. — minha chefe andou rápido na minha frente, batendo na tela de vidro do seu relógio chique de pulso — Está liberada.
Sorrio e suspiro aliviada, por estar finalmente livre.
Abaixo e pego a minha bolsa, na gaveta da peça do balcão. Escuto passos então concluo que Renata já deve ter saído. Quando levanto, me deparo com Alan - que eu tinha encontrado horas atrás em sua sala - apoiado de bruços na madeira, segurando uma caneta na minha direção.
— Você deixou cair isso aqui — colocou o objeto em cima da mesa.
Franzi as sobrancelhas.
— Ah, não — balancei a cabeça analisando — Isso não é meu.
— Eu sei — deu um sorriso discreto — Era só uma desculpa pra eu vir falar com você.
Dessa vez, eu que não resisti e soltei um meio sorriso.
Já tínhamos nos encontrado três vezes desde que cheguei aqui e pelo que observei, ele não tinha nada haver com a primeira impressão que eu tirei lá no aeroporto. E tenho que admitir, além de gentil e educado, Alan até que era bem bonitinho.
— Está livre agora?
Balancei a cabeça, concordando.
— Oque vai fazer nesse momento? — perguntou, muito curioso para o meu gosto.
Fiquei hesitante em responder de início, mas logo deixei esse sentimento para trás.
