Doce, La visita

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São Paulo, Brasil, Novembro de 2018

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São Paulo, Brasil, Novembro de 2018.

— Então você quer que eu te ajude em comprar um presente para o goleiro gostosão?

Júlio ria quando Manuela o olhava com reprovação quando se referia daquela forma a Keylor.

— O aniversário dele é em dezembro, dia 15. Eu queria comprar algo para mandar a tempo. Tudo bem, ainda é dia 30 de novembro mas...

— Tem toda razão. Mas será que acharemos algo para ele aqui?

Os dois olharam para a imensidão de gente que cruzava o centro da Avenida São João, importante local de vendas da cidade de São Paulo.

— Seu namorado deveria fazer aniversario no meio do ano!

— Calma, a gente vai achar, eu preciso só de uma luz.

— E eu preciso de ar! — Disse quando sentiu as pessoas batendo em seu corpo, quase o derrubando.

— Para de ser fresco, nem parece paulista!

— Sou apenas um paulista sensato que não vai em locais de venda perto de datas comemorativas!

— Acabo de contrariar suas estatísticas. — Manuela sorriu, puxando o amigo para o meio da multidão.

Os dois passaram boa parte do dia procurando por algo que poderia interessar o goleiro. A jornalista queria algo que quase o seu salário não pagava e Júlio lhe dava dicas para não jogar todo o dinheiro na lama.

— Você me disse que ele é da igreja, né? Por que a gente não compra um corrente de prata, com algo de Jesus? Oh glória!

— É um bom presente. Onde a gente acha?

— No shopping ali embaixo! Eu não aguento mais esse calor aqui!

— Se safou por pouco, gazela. — Riu, puxando o loiro para longe das pessoas, antes que ele caísse sobre elas.

Os dois resolveram o impasse no instante em que entraram na loja de artigos religiosos de um dos shoppings mais sofisticados da cidade. Manuela passeou os olhos sobre os inúmeros objetos e sorriu ao ver uma corrente de ouro delicada, algo que tinha certeza que seria usado pelo amado.

— É essa aqui. Estou vendo ele usando essa corrente. — Disse a Júlio, que olhou para a vitrine, analisando o objeto.

— Ele usando essa corrente? Um belo fetiche, suponhamos. — Provocou, ganhando um soco no braço.

— Vai ser isso mesmo, seu besta. Seja o que Deus quiser. Mesmo custando meu salário. — Sorriu, enquanto Júlio fazia sinal para a vendedora.

Depois da tarde calorosa e amigável, Júlio deixou a amiga em frente ao prédio e saiu correndo, pois tinha um encontro ainda no final do dia. Manuela aproveitou o momento para responder a altura com as provocações, fazendo ambos soltarem inúmeras risadas ao longo da tarde. Com Júlio já longe, Manuela entrou no prédio e seguiu até o seu apartamento, se jogando no sofá assim que colocou os pés para dentro do local.

Cansada, pegou o celular de dentro do bolso e analisou as notificações, escolhendo as mais urgentes para responder. Uma de Silas, que perguntava se ela podia trocar a folga com ele, folgando no dia seguinte em vez de terça e outra de Keylor.

Partindo para a do colega de trabalho, deu um ok como resposta, pensando já em dar uma repaginada na casa e cuidar de seu corpo, fazendo misturas para o cabelo e para o rosto. Depois de responder Silas, rolou a tela até a conversa do goleiro, que havia lhe mandado uma foto com a feição triste, seguido de um áudio dizendo que sentia sua falta.

— Também sinto muito a sua. — Balbuciou para si, enquanto respondia. Queria muito estar com o goleiro agora na pausa que teriam após a primeira fase da Champions. Mas suas férias só seriam no próximo ano e a vontade de mandar a emissora abaixo era grande. Porém um lugar para morar era mais importante.

Como presente para o goleiro, que faria aniversário em três semanas, comprou a corrente de ouro e já pensava em mandar amanhã para os correios, pois sabia o quanto demoraria para chegar em Madrid. Contudo, tudo que ela queria era entregar em suas mãos, mas isso ainda era distante, portanto, era necessário descansar e viver a realidade.

E foi isso que Manuela fez. Aproveitou para adiantar algumas coisas do trabalho e logo dormiu cedo, acordando no dia seguinte com uma bela disposição, mesmo sendo oito da manhã. Botando uma roupa surrada, a jornalista aproveitou a folga para ligar o som mesmo baixo, fazer uma mistura de argila para o rosto e creme para os cabelos, colocando tudo de uma vez, parecendo um monstro verde. Como não era de receber visitas e sabia muito bem que Júlio estava ocupado, não teria surpresas nessa manhã.

Até que quando era um pouco mais de dez da manhã, seu celular vibrou, indicando uma mensagem nova.

Manuela estranhou, mas pegou o aparelho, imaginando ser mensagem da sua mãe ou de Silas, pois sabia que Keylor essa hora estaria no treino. Mas ao ver a mensagem do costarriquenho com uma foto da rua onde morava, seu coração parou e suas pernas quase foram de encontro ao chão úmido.

— Ai meu Deus! — Gritou, enquanto respondia para o goleiro com a frase "Que palhaçada é essa?"

A jovem correu rapidamente para o banheiro, enxaguando o cabelo e retirando a máscara do rosto, tentando ficar o mais apresentável possível. Não deu tempo de trocar a roupa pois assim que chegou ao quarto, a campainha tocou, fazendo novamente sua taquicardia disparar.

E feliz da vida, Manuela foi de encontro ao seu amado, confirmando o que já estava subentendido entre os dois.

A espera tinha valido a pena, cada segundo.

Cada bendita partícula de segundo.

Cada bendita partícula de segundo

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Oi gente!

Gostaram das mudanças?

Calma que ainda falta o bônus do Keylor e o Epílogo para matar a saudade!

Dusk Till Dawn • Keylor Navas (Reescrita)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant