Diez, la llamada telefónica

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— Eu poderia te matar! Agora não sei se mato por não ter me contado sobre seus encontros ou pelo fato de você não ter tirado proveito daquele corpinho!

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— Eu poderia te matar! Agora não sei se mato por não ter me contado sobre seus encontros ou pelo fato de você não ter tirado proveito daquele corpinho!

Manuela estava sentada na cadeira, esperando Júlio terminar de se arrumar para mais uma coletiva que seria feita no segundo jogo das oitavas de final. Aproveitando o bom humor do colega, encheu o peito e contou sobre Navas, deixando tanto ele como Silas alvoroçados, cada um da sua maneira. Silas lhe deu os parabéns, já Júlio esperneou por ela não ter contado antes.

— Sabe que eu prefiro fazer tudo no sigilo, não sabe? Eu estava esperando dar certo para contar.

— Eu entendo a Manu, perfeitamente. Faço dela as minhas palavras. Aliás, pratico do mesmo sigilo.

— Como assim?

— Eu namoro, gente.

Manuela olhou para Silas, aturdida.

— Nunca desconfiei.

— Pratico do mesmo sigilo. — Piscou, ganhando uma piscada da jovem.

— Vocês são quietinhos demais para o meu gosto. — Júlio interviu, enquanto rolava os olhos. — Mas fala aí, Manu... Keylor manda bem?

— Ô! — Respondeu, abanando-se com as mãos.

— Se está falando assim, mesmo sem ter sentado nele...

— Ai Júlio, não sou igual a você que já dá no primeiro conto, pelo amor! — Manuela disse, com Silas rindo ao fundo. Sua voz estava alterada e isso deixava a situação mais cômica.

— Mas ele foi embora! — Júlio segurou o riso, fazendo bico. — E agora, o que a donzela faz?

— Esperar, ele disse que vai dar um jeito.

— Bom ele tem dinheiro, quem tem dinheiro sempre dá um jeito. — Silas completou.

— Ainda mais falando de sexo. — Júlio riu, vendo que Manuela o encarava com uma feição nada amigável.

— Não era propriamente do sexo que eu falei, mas de tudo. — Disse sem paciência.

— Então vocês estão em um relacionamento?

— Acho que é precoce demais pensar em um relacionamento...Mas torço para que não seja apenas um fogo de palha.

— Seu olhar de apaixonada diz tudo. — Silas disse, fazendo Manuela encará-lo. — Estou torcendo e muito pelos dois!

— Eu também! — Júlio completou, finalmente ficando pronto.

— Eu amo vocês de um tanto...

— Só não ama mais do que o goleiro gostoso!

— Você não vale o que come! — Manuela brincou, antes dos três saírem do quarto para mais um dia de trabalho.

O dia estava mais frio, eles estavam em outra cidade, ao norte do país. Manuela se enrolava no seu cachecol vermelho, se culpando por ter cortado os cabelos bem curtos antes da cobertura da copa, passando muito frio com o vento que jazia em sua nuca. Júlio cantarolava alguma música latina que saia do seu fone de ouvido e Silas mexia no celular, agora os dois sabendo que era com sua namorada.

A jornalista se preparava para encostar a cabeça na janela, mas seu celular vibrou no bolso, tirando seu sono. Olhou para a tela sorriu, ao ver o dono do sorriso mais lindo que tinha visto, atendendo rapidamente.

— Já chegou na Espanha? — Perguntou alegre, fazendo Júlio virar em sua direção, com um sorriso largo.

Acabei de chegar em casa. O voo atrasou por conta do tempo. Estou arrebentado. — Keylor disse, rindo fraco. — E você, descansou?

— Feito uma pedra. Já estou a caminho do jogo da Argentina e da França. Está frio, estou sofrendo!

Se eu estivesse aí, resolveria seu problema rapidamente.

— É uma pena não estar mais por aqui. — Manuela sorriu, olhando para a janela. — Está tudo bem, mesmo?

Confesso que cheguei desanimado, mas aí eu ouvi sua voz e... tudo ficou bem novamente. Que poder é esse que você tem?

— Me diz você, Navas. — Falou baixinho, escutando Silas rindo do seu lado.

Estou louco para desvendar todo esse seu poder.

— Cuidado hein. Quem vai com muita sede ao pote...

Enche ele de novo para poder se lambuzar novamente. — Keylor disse, fazendo Manuela perder novamente o peso das pernas, mesmo sentada.

— Você me deixa sem saber o que dizer, sabia?

E você me faz dizer coisas que eu não seria capaz de dizer tão facilmente. — Brincou.

— Você é um bobo. Sua voz está embargada. Vai descansar, vai. Depois a gente se fala, ok?

Vou tentar, já estou fechando os olhos contra a minha vontade. — Riu, — Bom trabalho, nena. Um beijo bem grande.

— Outro maior ainda. — Disse, se desmanchando com a maneira carinhosa que Keylor se dirigia a ela. Seu sotaque era um tiro no seu pé, que desestabilizava suas estruturas de forma rápida e bem feita.

— Já ligou com saudades? — Júlio brincou.

— Eu disse para ele me ligar quando chegasse na Espanha. — Manuela rebatou, desligando o aparelho.

— Que fofura. Agora me diz, vocês estão sério, ou não.

— Ainda não sei te responder, eu já disse, é muito cedo. — Disse, — Mas estou torcendo muito para que seja. Meu, eu ainda não consigo sequer acreditar. Lembro da primeira vez que o vi, na copa de 2014, quando ainda cursava jornalismo. Eu fiquei tão encantada por ele, mas sequer imaginava que teria real chance de estar ao seu lado, um dia. Não com pretensões amorosas, mas simplesmente estar perto, ouvir sua voz pessoalmente, admirar seu sorriso. Nem mesmo quando me formei e comecei a trabalhar no esporte, eu sempre fui muito pé no chão. Lembra Silas, quando eu disse que coisas assim só aconteciam em fanfics? Eu estou vivendo minha própria fanfic!

Silas riu, assentindo com a cabeça.

— Então ainda é cedo até para mim, dizer o que está acontecendo de fato. Estou muito nervosa, sinto que terei um infarto, um AVC ou serei engolida pela minha insegurança. Keylor sempre foi meu ídolo e agora, estou criando um laço com ele, algo que sempre imaginei nos meus melhores sonhos. Isso é totalmente insano!

— Insano será se vocês não ficarem juntos. — Júlio disse por fim, abraçando a amiga. — a gente sabe que é difícil ter um relacionamento nesses tempos, então te desejo toda a sorte e felicidade do mundo.

— Isso não é uma zoação sua?

— Claro que não! E claro, estou praticando a bondade, vai que Deus me concede a mesma sorte de ter um jogador gostosão na minha asa.

— Você realmente não vale o que come! — Manuela completou, enquanto retribuía o abraço com o coração repleto de amor, sensações que ela desejava sentir durante muito tempo. — E é por isso que eu te amo.

 — E é por isso que eu te amo

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Dusk Till Dawn • Keylor Navas (Reescrita)Where stories live. Discover now