Capítulo 41

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— Bem, por onde eu começo? Ah, lembrei. Philbe, Call mandou um presente para a senhora. — ele entrega uma carta a Philbe. Ela pega e analisa o papel em suas mãos sem coragem para abrir.

— Onde esteve esse tempo todo? — ela o pergunta.

— Estive resolvendo algumas coisas do meu interesse. Desculpe-me entregar a carta assim, nesse momento tão frustrante. Enfim, está entregue.

Ela parecia arrasada com o que lia na carta. Erick estava curioso, mas se conteve e não fez pergunta. Logo Philbe começa a chorar e Erick não se segura e pega a carta de suas mãos.

— Mas o que é isso mãe?

— Ele ainda não sabia, Philbe? — Ele estava com um sorriso de vitorioso. Todos da sala estavam se perguntando o que estava acontecendo.

— Mãe? O que ele está falando?

­­— Ela não vai contar, mas eu conto.

— Não se atreva, Josh. Como pode fazer isso comigo? Eu te criei desde criança, cuidei de você como se fosse meu filho!

— É, pode até ter feito isso. Mas você não é minha mãe. Sempre te perguntei o que aconteceu com minha mãe, mas você ocultou a verdade. Call me falou o que realmente aconteceu.

— E como tem certeza de que o que ele falou é verdade? ­— Pergunto.

— Isso não lhe interessa. — respondeu em tom seco.

Philbe não falava absolutamente nada. Apenas chorava.

— O que isso quer dizer? — Erick se referia à carta.

— Que ele é seu pai, Call Maldenver é seu pai, Erick Maldenver Cooper.

Erick mal podia piscar os olhos, todos estavam chocados na sala e Philbe ainda chorava. Erick olhou para sua mãe que lentamente afirmou entre soluços. Ele andou a passos fundos em direção a porta e cravou a faca junto com a carta na porta, onde ninguém se atreveu a ler.

O "silêncio", entre aspas por que só se ouvia os soluços de Philbe no vão da sala, das pessoas causavam um desconforto. Josh apenas continuou em pé vendo Philbe se acabar em lagrimas. Não se via nenhum pingo de remorso em seu rosto.

— Philbe. ­­­— Ele chamou. — Vamos entrar em um acordo quando estiver preparada. Enquanto isso todos podem voltar a treinar, mas seus treinos serão dobrados. Agora vocês podem sair da sala. — Todos olharam para Philbe e ela assentiu. Mas eles ainda continuavam nos seus lugares. — Vão! — ele gritou.

Todos começaram a sair da sala devagar. Levantei-me e apanhei meu celular, continuei a andar em direção a saída, mas ele me barrou.

— Você fica.

— Vá à merda, Josh. É bom você se manter bem longe de mim.

Esbarrei nele de propósito. Já no corredor andei a procura de Erick, mas não o encontrei. Lola me acompanhou, durante todo aquele show eu mal a vi.

— Acho melhor você comprar outro celular.

Rimos depois do que ela falou. Achei uma boa ideia comprar outro celular que não estivesse grampeado. Liguei para tia Liza para saber como estava às coisas por lá e para saber como Ruby estava.

­­— Não se preocupa, a Ruby é um anjinho. Ela trouxe alegria para essa casa. Jennifer mal sai daqui agora, não estou reclamando, afinal, amo sua companhia. Seu tio vive brincando com os netos e com a Ruby.

— Que bom que estão bem. Se houver qualquer problema pode me ligar, ouviu tia?

— Tudo bem, filha. Não se preocupe e tome cuidado. Sabe como essa gente é perigosa.

— Pode deixar tia. Beijos.

Philbe havia mandado que eu e Lola escolhêssemos para um quarto, já que iríamos passar um longo período por aqui. A cama era confortável, ao menos isso, por que o quarto tinha cheiro de mofo e naftalina.

O nosso jantar foi pizza, mas só por que eu paguei para nos duas. Caso contrario, Lola começaria a comer as espumas dos colchões.

Depois de tomar uma ducha, deitei-me na cama e me obriguei a fitar o teto. Minha mente estava numa confusão, um conflito que parecia infinito e nada pareia fazer sentido. Eram muitas as perguntas para poucas respostas.

Eu odiava pensar. Era difícil. Exigia muito do meu cérebro defeituoso. Deixava-me mais confusa, era como se nada fizesse sentido, como se o mar não fosse feito de água salgada de verdade.

Meus olhos estavam deixando transbordar a confusão da minha mente. Escorrendo devagar as lagrimas iam encharcando meu rosto. As lagrimas tinham um gosto salgado. Parecia que elas me devolveram o sono, uma vez cansada o suficiente para dormir, relaxo meu corpo e fecho os olhos.

O dia começou com Agatha batendo na porta dizendo que todos foram convocados para o treinamento especial. Tive que tomar um café bem forte para poder acordar depois de dormir quatros horas.





Perdoem-me o capitulo pequeno. Prometo que o próximo será maior. bjos.

A filha da rainha (HIATOS)Where stories live. Discover now