Hora de Aventura - O Desafio Supremo

Fragmentos da Existência - Parte II: Antes Deste Plano Terreno

As dúvidas e o desejo de saber sobre o desconhecido é o motor da maioria dos seres vivos racionais. A indagação faz com que um sentimento se desperte dentro de todos e faz com que eles a persigam em busca de responder a sua curiosidade. A maior de todas as dúvidas das pessoas é, com certeza, a origem de suas existências e, para os habitantes de Ooo isso se resumia em perguntas como "No que consiste a vida?", e eram comuns perguntas como: " De onde o Multiverso veio? " e a lógica dita que perguntar isso só pode resultar em uma regressão infinita - "Quem / o que criou o Multiverso? E o que criou a coisa que criou o Multiverso?" - o que sugere que o motor mental do Pensamento Lógico não foi feito para determinar a resposta. 

O Multiverso é um espaço consensual infinito que comporta em si todas as coisas existentes visíveis e invisíveis criado pelas mentes sencientes, ou seja, sem os seres com essas consciências pensantes, ele simplesmente não existiria. Antes do conceito de Multiverso existir, não havia nada além de uma imensa escuridão, mas antes mesmo de não existir nada, havia monstros. A Piscina Infinita de Caos e Monstros era um único plano de total do Caos, que era tão vasta que espirrava para fora das bordas do infinito. Todas as formas de existência surgiram direta ou indiretamente através dessas monstruosidades que lá existiam. 

O caos lá prevalecia e aumentava assombrosamente, tendo em vista que a Energia Caótica era tudo o que eles conheciam. Mas o que nenhuma entidade previa era que uma pequena e rápida dúvida de um monstro, sobre agir contra ou a favor do Caos, fez nascer as criaturas que pela eternidade se fariam essa pergunta. Como a representação da escolha, as entidades bebês Graan e Middo nasceram literalmente nas bordas do Infinito, com um grande destino a ser seguido. Após a origem de ambos, um livro de extremo poder foi criado através de seus poderes e apenas existia por intermédio deles e registrava tudo. Durante os milhões de anos de desenvolvimento das entidades, o caos continuou a prevalecer naquele modelo de existência, enquanto Graan e Middo observava todo o caos e corrupção lá presente.

No momento em que Graan e Middo alcançaram a maturidade e o ápice de seus poderes, eles decidiram intervir para conceder á todos aquilo que conhecemos como justiça. Uma guerra colossal se iniciou naquele momento e ao decorrer das lutas, a tentativa se mostrou árdua, já que, apesar de Graan e Middo serem entidade donos de uma quantidade imensa de poder, os monstros se alimentavam de qualquer energia negativa proveniente do Caos, o que se tornava um empecilho na concretização de seu objetivo. Aos poucos eles conseguiram imobilizar algumas criaturas, envolvê-las em uma espécie de um grande casulo e mandá-las para as bordas do Infinito, visto que as entidades consumiam energia nesse processo de conversão dos monstros, onde a sua energia de caos seria extinta junto com o seu desejo de consumir a mesma. 

Milhares de anos se passaram com essa guerra, e a cada segundo se tornava mais dificil devido ao cansaço visível das divindades, devido a sobrecarga de energia usada por eles em batalhas e na conversão, permanência e aumentos dos casulos. Essas monstruosidades já consumiam a energia caótica há vários milênios de e remover isso deles poderia demorar a mesma quantidade de tempo. Aos poucos a luta foi surtindo efeitos e ao decorrer do tempo já havia uma grande quantidade dessas aberrações encasulados, e os poucos que restaram eram aqueles que possuíam uma grande quantidade de poder, o que poderia se tornar uma enorme problemática. Mas quando os últimos monstros finalmente foram derrotados, essa energia caótica, que regia esse único plano de existência, simplesmente se apagou, devido as habilidades de Graan e Middo e o Universo se viu em uma completa escuridão, esta que durou eras e eras.

O tempo, que era um conceito basicamente dispensável, fez com que Graan e Middo se questionarem acerca do seu contentamento com a inexistência da vida, já que as criaturas encasuladas passavam por um processo de reformulação e sua consciência não passava pelo mesmo período de experimentação dos seres vivos "comuns", por estarem em uma espécie de hibernação.