FRAGILE | ✓

oitenta e um

Eu preciso de um bom banho e da minha cama.

Assim que entro em meu apartamento, o vejo de costas olhando a cidade pela parede de vidro.

Ele imediatamente se vira em minha direção e fica me olhando sem dizer nada. Mas seu olhar diz muita coisa.

— Onde você estava? Te liguei milhões de vezes e você não atendeu. — ele me pergunta, vindo em minha direção. — Eu estava preocupado amore... Desde que você saiu da empresa, que não te vejo.

— Não precisa se preocupar, sempre cuidei de mim mesma. — falo grossa.

Eu realmente não estou afim de conversar com ele.

Já estou me sentindo péssima depois de tudo. Só vai piorar se a gente conversar.

— Eu já te disse que não estou te escondendo nada amore... — ele diz, tocando em meu rosto.

— Você realmente acha que sou idiota? — dalo saindo de perto dele. — Eu estou vendo Petrus! Você está mentindo.

Tudo que eu mais queria era que ele fosse verdadeiro. Apenas.

— Não quero ficar brigado com você minha Piccola... Eu realmente menti, mas foi por uma boa causa. — ele diz, tentando se aproximando novamente.

Eu sabia! Eu sabia que ele estava mentindo. Inferno.

— Tá vendo? Eu não estava errada... Você não confia em mim. Ponto. — falo indo em direção ao sofá e me sentando. — a gente não vai dá certo mesmo, você não lembra de nada e nem vai lembrar mais. Eu vou te entender se você não quer mais nada comigo Petrus... Está tudo bem.

Não está nada bem. Eu o amo e vou sofrer novamente, como quando da primeira vez que eu o perdi. Só que dessa vez, vai ser diferente. Ele não me quer. Não mais.

Eu estou cansada disso. Cansada de não poder ser feliz. Cansada de tudo.

— Valentina, olha pra mim! — ele me pede, na tentativa de fazer eu levantar a cabeça, mas eu não vou fazer isso. — Ei... Olha pra mim, por favor coisa linda. — sua mão toca em meu rosto o levantando. E eu paraliso ao ver sua posição.

Não. Pode. Ser.

— Eu amo você... Cada pedacinho, confio em ti minha vida amore, então, eu jamais iria não querer você. Eu estava "mentindo" por isso. Queria fazer um momento especial nosso. Porque eu queria pedir a minha Piccola em casamento, e dessa vez, espero finalmente conseguirmos ser felizes, como já somos... — ele diz olhando em meus olhos, que não param de derramar lágrimas.

Que porra! Eu consegui destruir um momento nosso por insegurança.

Ao olhar o anel em sua mão fico deslumbrada. É lindo. Mais lindo que o primeiro.

Como sempre, ele me surpreende.

— Então... Será que você me daria a honra de ser minha esposa? — ele me pergunta ainda ajoelhado olhando pra mim com um puta sorriso no rosto.

Homem lindo da porra!

E todo meu.

— Claro que sim!!! Mil vezes sim amore. — o respondo pulando em cima dele, que cambaleia para trás.

Terminamos caindo no tapete felpudo da sala.

Não perco a oportunidade de ficar por cima dele.

— Eu sou mesmo uma idiota... Realmente achei que você estivesse mentindo pra mim porque não me queria mais. Me desculpa amore! — Falo, indo em direção a sua boca. Que parece está chamando a minha. — Você consegue me desculpar? — pergunto, passando a língua em seus lábios.

— Você ainda tem dúvidas? — ele diz, colando minha boca na sua.

Petrus Forchhammer é irresistível. E todo meu.

— Não vejo a hora de te fazer ser toda minha... Completamente! — ele fala dando uma mordida em meu pescoço logo em seguida. Esse ato parece ter contato direto com minha intimidade, é impossível de resistir a ele. E impossível ser imune a ele. — Mas tem outra coisa que eu não disse. — ele diz se afastando um pouco para olhar pra mim.

— Depois você fala... Preciso de você agora! — digo, abrindo os botões da sua camisa, mas ele me para no caminho.

— Eu também quero você. Sempre vou querer. Mas agora a gente precisa conversar, sobre algo sério... Muito. — wle diz se sentando comigo ainda em seu colo.

— Você está me deixando preocupada... — digo passando a mão em seus cabelos sedosos.

— Tem outra coisa que eu não te falei... Que eu ia dizer quando te pedisse em casamento... — ele diz, sorrindo. — Como já o fiz... Acho que posso dizer.

— Diz logo Petrus! Estou nervosa. — falo, realmente nervosa.

— Então... Você lembra de quando eu te dei esse colar? Porque eu lembro... De tudo! — ele diz claro como o sol. E eu fico sem acreditar olhando pra ele, que me olha com expectativa.

— Você... Você está dizendo que se lembra? De tudo? — pergunto ainda sem acreditar, eu jurava que ele não iria se lembrar, nunca mais.

— Sim... De cada parte da nossa história... Do jeito como você era ciumenta, e tão linda... — ele diz, passando a língua em meus lábios.

— Amore... Isso é incrível... Muito. — digo, o beijando e subindo novamente em seu colo. — Acho que isso merece uma comemoração... — falo deixando um rastro de beijos por seu peitoral.

— Sou todo seu anjo... Faça o que quiser comigo. — ele diz, me dando um sorriso sujo.  E eu faço.

Nos amamos como a primeira vez.

Porque nada importa.

Apenas nós.