setenta e quatro

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ITÁLIA, PALERMO

VALENTINA MONTANARI

ATUALMENTE.

Quando ele para o carro na frente do portão percebo que ele sabe o que está rolando lá dentro e eu sinto que talvez meu plano tenha dado errado.

Talvez Derek não tenha conseguido contatar os chefes, ou tenha, e eles estão contra mim. Merda!

Assim que é liberada a entrada, quando passamos pra dentro vejo meu jardim cheio de seguranças mortos e todos são da máfia italiana.

— Eu disse pra você que isso já estava perdido. — ele fala, descendo do carro e indo abrir a porta do outro lado.

— Você ganhou, vai me matar agora? — pergunto, enquanto ele me empurra pra dentro.

Assim que entramos, avisto Petrus e Adam amarrados em um canto da sala.

Quando eles olham pra mim, Adam tenta se levantar mas um segurança o impede.

— Que lindo todos juntos... Fico feliz de poder matar vocês no mesmo dia. — Vitali diz. — Onde está Martin? — ele pergunta a um dos seguranças.

Só pode ser o filho da puta do capo de Portugal.

— Estou aqui... Como vai chefe? — ele diz, vindo na nossa direção.

Desgraçado! Deve ser por isso que ele nunca me respeitava.

— Precisamos conversar. Levem eles lá pra baixo! — ele diz, me empurrando para um dos seus seguranças.

×××

Assim que nos deixam a sós na sala, Adam e Petrus me encaram.

— Sua mãe está bem? — Adam pergunta.

Assim que ele cita ela, meus olhos lacrimejam novamente. A cena de Vitali a matando não sai da minha cabeça.

— Valentina? O que houve? — Petrus me pergunta também.

Eles estão um pouco mais afastados, presos em correntes.

— Ele a matou... — falo tão baixo que é quase impossível de ouvir direito.

— Filho da puta! Eu pensei que fosse dar certo o nosso plano. — Adam diz, decepcionado. — A gente não pode deixar ele vencer assim... Eu deixei algumas armas escondidas aqui. Se a gente conseguir se soltar dá para conseguir chegar até Martin. — ele diz e Petrus apenas nos observa.

— Eu posso tentar me soltar, pra mim é mais fácil. — falo olhando para ele e depois para minha mão. Já fiz isso uma vez, posso fazer de novo.

Pra mim é bem mais fácil, por ter as mãos mais finas que a deles, facilmente sai pela algema.

— Faça logo, temos que ser rápidos, eles virão logo. — ele diz.

— O que você irá fazer? Não tem como se soltar... — Petrus diz de onde está. Ele não irá gostar nem um pouco de ver eu fazer isso.

Olho pra ele e não digo nada. Apenas faço. E minha vontade é de gritar, por isso, mordo meu ombro para não emitir nem um som. Dor do caralho. Pelo menos a dor física combina com a dor que estou sentindo por dentro.

— Você está louca?— ele praticamente grita e aí minhas lágrimas caem... Não sou tão forte assim.

— Fala baixo! — me levanto de onde estou, indo até eles. — Onde você escondeu as armas? — Pergunto a Adam, Petrus me olha horrorizado. —  Já fiz isso várias vezes amore, nesse mundo tudo vale. — falo para ele.

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