FRAGILE | ✓

oitenta

— Sei... Por isso preciso de sua ajuda. Quero ideias. — respondo, olhando para o anel, que por sinal é a cara dela.

— Olha... Ela sonha com esse dia desde que tudo aconteceu. Tem que ser um momento bonito, porque mesmo não parecendo, a Valentina é uma romântica incurável.

— Ela é... Na verdade, ela é incrível. — digo com um sorriso bobo.

Como eu amo aquela menina mulher.

A minha menina mulher.

— Acho incrível como você conseguiu se apaixonar por ela novamente... O amor de vocês é forte mesmo. — ele diz, pegando um copo de whisky.

— Então... Eu não duvido que eu iria me apaixonar por ela logo, porque é impossível não se apaixonar por aquela mulher, mas tem uma coisa que você não sabe. — ele para o que está fazendo e se concentra em mim.

— O que?

— Eu me lembrei... De tudo! — falo sorrindo. Ele fica paralisado olhando para mim.

— Isso é sério? Tudo mesmo? — ele diz, ainda sem acreditar.

— Sim...

— Como foi isso cara? E você não disse a Valentina? — ele diz vindo em minha direção e se sentando novamente.

— O que ele não me disse? — Valentina entra de surpresa na sala nos surpreendendo. Porra!

Ela olha pra mim desconfiada e logo depois para ele.

— Então? — ela pergunta, assim que fecha a porta.

— Você sabe como o Adam é né? Eu tive uns problemas aqui na empresa e ele queria que eu te contasse. — falo indo até ela e depositando um beijo em seus lábios deliciosos.

Não queria mentir para ela. Mas é necessário.

— Sei não... Você está mentindo! — ela diz virando o rosto. — E eu odeio saber disso. Você não confia em mim para dividir nada né? — ela realmente está com raiva.

— Amore... Claro que não! É porque não é nada muito sério, e o Adam já resolveu pra mim. — falo pegando em suas mãos.

— Alguma coisa está errada... Eu vejo nos seus olhos. Mas se você não quer dizer... — ela diz realmente chateada. — Eu só vim saber se você vai almoçar comigo hoje...

— Eu já te disse... Não é nada. — digo, beijando seu rosto. — E é claro que irei! Adam pode ir conosco hoje. — olho pra ele, que está segurando a caixinha nas mãos.

— Claro... Onde vamos? — ele diz escondendo rapidamente a caixa assim que ela vira.

— Não sei, acho que é melhor deixar os dois sozinhos... Talvez vocês queiram conversar mais um pouco. — ela diz, claramente irônica.

— Valentina, é sério, não estamos escondendo nada cara! — Adam diz segurando o riso.

O olho tentando o repreender com o olhar.

Ela vai ficar mais furiosa se ele continuar dando na cara desse jeito.

— Vocês são ridículos! — ela diz saindo da sala sem sequer me deixar falar.

— Sinceramente eu não sei se você é um adulto mesmo. Parece criança! — fala saindo atrás dela.

Ela realmente está com raiva.

E eu só quero fazer uma coisa especial para nós dois.

Quando saio da sala a vejo perto do elevador, corro para entrar, mas ela é mais rápida e fecha a porta.

Droga!

Talvez seja melhor eu contar a verdade logo, só assim para ela entender.

Pego meu celular ligando para meus seguranças, pedindo para pararem ela, apesar, que eu sei bem que não vão conseguir. Mas não custa tentar.

Envio uma mensagem de texto pra ela.

Amore, eu já disse que são problemas da empresa.

Não vamos almoçar mais juntos?

Espero pacientemente uma resposta que não vem.

Tudo culpa do Adam.

Saio do elevador indo em direção aos seguranças próximo ao carro.

— Cadê ela? — pergunto assim que chego perto deles.

— Senhor... Meio impossível controlar nossa chefe. — ele diz passando a mão na boca.

— Foi ela que fez isso em você? — pergunto sorrindo.

— Sim... Ela realmente está furiosa!

— Ok, irei atrás dela. — falo entrando no carro. — Vamos! — digo a ele, que entra logo saindo em disparada do prédio.

Ela só pode ter ido para casa.

Que merda!

Eu deveria ter dito a verdade.

Ela está insegura em relação a nós e eu faço isso. Que porra!