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O borrão preto podia ser visto sobrevoando os arranha-céus recém construídos da cidade. A forma perfeita de um morcego que planava de um lado para o outro, enquanto seguia o caminho sobre o mapa embutido dentro da máscara. 

Bruce Wayne se pendurou em uma das gárgulas próximas e olhou para o lado. As torres ao redor do lado Norte de Gotham estavam carregadas de atiradores de elite, provavelmente contratados tanto de Oswald quanto de Nygma. 

- Teste número 5 - Bruce disse baixinho enquanto olhava para o atirador ali metros abaixo dele, se sentindo seguro por estar tão alto. 

- Teste concluído com sucesso, Patrão Bruce. - o mascarado ouviu a voz de seu mordomo no comunicador recém instalado em seu ouvido. Desde o ataque de Máscara Negra, Bruce teve que ouvir um enorme sermão não só de Alfred quanto de Lucius Fox sobre o perigo de ele não ter uma comunicação pronta caso algo daquele tipo acontecesse de novo. - Estou vendo pelas ondas de rádio emitidas pelo o capacete que há pelo menos 4 atiradores ao redor da casa de shows, Patrão. 

- Oswald reforçou a segurança especialmente para essa área. - Bruce disse se soltando da gárgula e silenciosamente se aproximando  do criminoso e o golpeou em silêncio cobrindo sua boca para não gritar. - Mas porque? - Bruce subiu no parapeito e ficou agachado olhando para o local. - Dois estão posicionados no lado e esquerdo e direito... O outro está mirando nos fundos, cercaram o perímetro inteiro. 

- Creio que o Sr. Cobblepot  não queria surpresas na sua grande estreia como um cidadão "ficha limpa", Patrão.  - Alfred disse e Bruce se abaixou pegando o rádio comunicador que o criminoso que ainda continuava inconsciente usava. 

- Essa linha é uma linha popular, Alfred? - Bruce abriu o rádio lentamente indo até seus fios e viu que haviam fios novos sobre a placa que já tinha gasto pelo o uso excessivo. 

- Não, Patrão, a linha foi criptografada, não usa as mesmas antenas da delegacia. Já estou na frente do computador, talvez possa demorar alguns segundos...

- É o suficiente. - Bruce disse e atirou com seu arpéu para  a outra torre em um silêncio que surpreenderia qualquer ninja. O gancho descartável da arma ficou preso enquanto Bruce vigiava as torres ao redor. 

A fila lá fora só aumentava, assim como a música. Bruce se perguntou por alguns segundos se algum vizinho reclamaria do som de guitarra e bateria que o irritava mesmo estando metros e metros longe dali, porém concluiu que ninguém em Gotham seria louco o suficiente para chamar alguém da GCPD e começar um tiroteio sem necessidade alguma. 

Bruce se pendurou quando viu que o atirador se descuidou e o cobriu com a capa o puxando para cima e o nocauteando com apenas um soco, o pendurando ali mesmo. Ele desceu da torre e subiu no parapeito mais uma vez. O rádio daquele criminoso em questão agora emitia sons inaudíveis. 

- Alfred como está no computador? - Bruce perguntou voando para a torre em sua frente. Ouviu o atirador parado não tão longe de onde ele estava reclamar e subir o laser do seu rifle para cima. Ele esquivou no momento certo, atirando seu arpéu para a ponta do arranha-céu e sendo puxado. 

- Creio que consegui, Patrão. Computadores nunca foram meu forte, devo admitir. Outra coisa senhor, um dos sinais que usei  para triangular o do rádio veio da policia. Aparentemente nosso amigo Jim Gordon avisou para alguns policiais disfarçados para vigiarem uma pessoa em especial.

- Quem? - Bruce perguntou enquanto se pendurava na gargula centimetros longe do penúltimo atirador. 

- Barbara Gordon, Patrão. 


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⏰ Last updated: Jun 03, 2020 ⏰

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