Os holofotes estavam divididos na cidade. Os jornais não sabiam para onde olhar naquele dia em específico. No lado oeste da cidade, Bruce Wayne estava prestes a fazer seu grande comunicado. No lado sul, a limusine dos Cobblepot parou na porta do Arkham Asylum, que já estava cheia de repórteres, prontos para o novo furo: estaria Oswald Cobblepot dando teto para o criminoso chamado Charada?
— Como diabos esses urubus souberam que íamos parar aqui? — Nygma comentou ao vê-los em uma grande fila com microfones e gravadores no celular.
— Eu disse, eles sempre sabem de tudo. — Martin disse enquanto digitava algo no telefone enquanto mexia em um dos seus cachos com o outro dedo. — Victor dá a volta.
— Não, não de a volta. — Os disse.
— O que você tá fazendo, Oswald? — Nygma comentou, com uma expressão confusa.
— Não... Não quero esconder isso. De ninguém. — Os disse. — Há criminosos em postos muito maiores que o seu ou o meu em Gotham. Se eles podem andar ao ar livre, então você também.
Martin viu seu pai sorrir. O único tipo de sorriso que ele dava quando Oswald dizia algo. Era fofo. E nojento demais porque sabia o que viria a seguir. Beijos. Os dois começaram a se aproximar e Martin cortou:
— Vocês têm o tempo todo pra fazer isso mais tarde. Vamos focar no plano, por favor?
— Porque ela me lembra a Barbara às vezes? — Nygma comentou.
— Porque ela é poderosa, e controla pelo menos 90% da cidade?
— É, por isso. — Nygma disse, mesmo que Martin soubesse que não era isso que ele pensava sobre a antiga dona do Sirens.
Os três saltaram da limousine enquanto Martin colocava sua máscara. Seus pais não queriam que soubessem sua identidade, principalmente com o trauma que ela havia passado com os Falcone, principalmente com a filha deles, Sofia. Então, resolveram esconder sua identidade. Tinham seus lados bons; Martin podia perambular pela cidade sem problema algum e isso a deixava com mais liberdade de fazer qualquer merda possível.
Os flashes foram automáticos ao verem Nygma sair do veículo. Martin viu pelo o canto do olho seus pais darem as mãos e entrarem no instituto sem falar uma palavra com o que Martin podia concordar como urubus.
A surpresa da recepcionista ao vê-los ali. Martin segurou sua pistola sobre a cinta, com o dedo indicador sobre seus lábios enquanto Oswald e Edward sorriam.
— Viemos dar entrada nos papéis de adoção. — Os disse.
— N-nós n-nã-não...
Martin tirou a arma da cinta e começou a tirar o pente da arma que não estava tão vazio assim. Com a outra mão, pegou novas balas dentro do bolso, enquanto a recepcionista olhava assustada, com a boca entreaberta. Seu coração palpitava enquanto via cada bala dourada entrar no pente. Ela finalmente mudou de ideia.
— É por aqui. — ela disse tentando manter a naturalidade.
O trio de vilões e a coitada recepcionista passar pelo o corredor. No mesmo momento em que Martin viu o guarda ali parado, guardou a arma no mesmo momento que ele sacou a sua.
— Rose o que tá acontecendo? Esses são... — ele disse.
— Não, Jeffrey. Não são. — ela disse, séria tentando manter a calma. O homem viu a arma que Nygma tinha sacado e apontando levemente para as costas de Rose. — Deixa eles passarem.
Jeffrey o guarda com cheiro de suor abriu a porta que mais parecia uma cela e deixou eles passarem. Quando Martin passou por último, chutou o homem nas bolsas e atirou contra sua cabeça no momento em que ele segurava seu rádio.
Rose gritou tentando se desvencilhar de Nygma que segurou seu braço com força.
— O que? — Martin disse ao ver o rosto de reprovação de Oswald. — Ele ia chamar reforço.
— Não quero que sempre seja vista fazendo esses atos ao ar livre podem chamar você de assassina.
— Mas eu sou uma assassina.
— Seu pai não se conforma que você puxou o lado grotesco dessa família também Martin. — Nygma comentou.
E os dois começaram uma mini discussão enquanto Martin e a pobre recepcionista que ouvia tudo por estar no meio deles tiveram que presenciar todo o debate até chegarem na próxima sala.
Rose abriu a porta mostrando que era um tipo de escritório.
— A advogada só chega após um tempinho... — ela sussurrou nervosa e tremendo.
— Qual o nome dela? — Nygma disse.
— Helena... Helena Bertinelli.
Martin pegou seu telefone e procurou por tal nome e conseguiu achar uma assinatura no banco de dados que tinha para situações como aquelas.
— Não podem fingir a assinatura dela, nunca vai...
— Igual? — Martin disse e assinou como ela. — Essa máscara e esse corpinho não foi a única coisa que herdei de Charada e Penguin, querida Rose.
— Nos mostre nosso... filho adotivo. — Nygma disse e a empurrou de leve até o portão com os lunáticos. O sentimento de estar de volta naquele lugar nunca era bom.
Os sabia disso e segurou a mão do noivo. Ainda se lembrava do dia que o pediu em casamento, há alguns dias apenas. Sabia que seria a maior festa de Gotham City.
Eles passaram pelo o grupo de loucos que riam, gritavam ou choravam nos cantos, até Rose abrir uma das portas.
Martin fez a mesma cara de espanto que os pais fizeram ao ver o interior do local.
Era um quartinho pequeno, iluminado pela mesma luz amarela, fraca e quente como no resto do Asilo. Porém, haviam papéis e mais papéis grudados sobre todas 4 paredes, jornais, recortes, revistas, fotos. Tudo interligado por fitas roxas e verdes.
No topo de tudo, havia a foto do Morcego, e sentado com as pernas cruzadas, rindo estava ele. O rosto desfigurado fez Martin sentir pena por alguns segundos. Haviam mais fios verdes de cabelo no couro branco como a neve, assim como todo seu rosto queimado.
Era ele. O único que podia ajudar Martin e seus pais.
Jeremiah Valeska.
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Old Nocens
FanfictionÉ tempo de recomeços. Dez anos depois da reunificação, Gotham prepara-se para o novo. As portas abertas para a recém-nascida esperança na luta contra o crime, disfarçada pelas sombras de uma criatura da noite: o morcego que traz medo aos criminos...