O Escravo

A tarde na casa de caça

— Padrinho vosmece ainda não esta totalmente recuperado , para que lhe traga más noticias .Bernardo falou olhando para ele cheio de preocupação .

— Não podes me esconder esta verdade, se vosmece sabe quem foi o responsável por este mal feito ,deves me dizer agora mesmo .Emiliano falou .

— Padrinho  vosmece ainda esta de cama, peço que se recupere primeiro, depois voltamos  falar sobre este assunto ,agora preciso sair .Ele falou sabendo que era próximo do horário que marcou com ela com a senhora Natalia na casa de caça .

Estava louco para vê-la ,toma-la em seus braços sentir o calor do seu corpo ,ouvir o coração dela batendo com força enquanto estiverem juntos e desta maneira poder esquecer de tudo . Pensou montando em seu cavalo.
— Senhora minha sogra, quero ir até a vila ,penso em ir até a igreja quero me confessar. Falei mentindo ,querendo encontrar uma justificativa que me fizesse me fazer deixar a casa Grande.
— Vosso marido deixou claro que vosmece não tem permissão para deixar esta fazenda. Sinhá  Juliana falou olhando para ela.
— Entretanto  senhora minha sogra  irei apenas na igreja e voltarei logo, Inácio não terá com que se aborrecer. Falei com toda calma possível.
— Se é para ir até a igreja tem minha permissão, mas não se demore. Ela falou.
— De certo que não  ei  de me demorar, será uma ida rápida ,com vossa licença. Falei deixando aquela sala e saindo da casa, fui caminhando ao lado de minha mucama e entrei naquele conche que iria ser conduzido por um dos escravos da Fazenda.
Tive que engana-lo, então ao chegar a igreja entrei pela porta da frente  deixando -o a minha espera na escadaria da mesma, e ao entrar na igreja me ajoelhei e rezei por alguns instantes antes de ir em direção ao confessionário.
Sai sem ser vista nos fundos da igreja uma  carroça já me aguardava.
O homem me conduziu pela estrada no meio da capoeira ,estava protegidas escondida com a capa ,assim ninguém podia identificar-me ,meu coração estava cheio de ansiedade e desejo de chegar logo e ve-lo.
O homem parou a carroça enfrente da casa, bem nesta hora Bernardo saiu de lá  de dentro trocou algumas palavras rápidas com o homem que se afastou com a carroça.
Sozinha o abracei dizendo.
— Vosmece não sabes como desejei   por encontra-lo, meu coração batia apertado era saudade.
— Sinhá  olha o que faz comigo, de certo que também estava aflito por ve-la e tê-la assim em meus braços. Ele falou e depois a beijou com paixão.
Dentro da casa ele tirou a capa dela e em seguida o vestido dizendo.
— Como pude ficar tanto tempo sem toca-la e sem senti-la, vosmece esta no meu sangue. Ele falou.
— Querido como queria que fôssemos só eu e você ,sem aquele louco do Inácio para atrapalhar a nossa vida.
— Querida não se intristesa falando dele aqui agora, o que importa é que estamos aqui juntos ,vamos aproveitar esse momento. Ele pediu beijando-a.
— Quero que me faça sua mulher outra vez ,não tens ideia de como tenho sonhado com isto quero senti-lo outra vez como na primeira vez que fizemos amor.Falei abrindo a camisa dele e sentindo a dureza do seu corpo sobre a palma da minha mão..
— O amor que lhe tenho que me dá forças para suportar as agruras de ter que ve-la casada com aquele homem.Ele falou acariciando os cabelos dela que agora estavam soltos.
— Meu amor para mim também não é fácil ,estar sobre o julgo daquele  canalha. Falei nervosa.
— Não vamos falar dele ,esquece seus problemas pense que estamos juntos e nos pertencemos. Ele falou.
— Querido te amo tanto. Falei enquanto era coberta de carícias por ele que me ajudou  a tirar o espartilho e as roupas de baixo, me deitando naquela cama senti ele se deitando sobre mim e me tocando de várias formas, aquilo era tão intenso, minha vontade era poder parar o tempo e congelar aquela sensação de prazer que senti ao ver que ele já estava dentro de mim ,agora éramos um só ,juntos naquele deleite da paixão eu gemia assustada com o som da minha própria voz ansiando por mais.
Repetia o nome dele sem parar ,querendo mais.
— Natália vosmece esta disposta a fugir comigo, para bem longe e esquecer para sempre Inácio? Ele perguntou tenso sabendo que não tinha condições de dar uma vida de senhor de terras para ela, era um simples médico que tivera uma vida de Luxa, graças ao seu padrinho, mas se iam fugir de Inácio de certo que não poderiam contar com ele. Pensou olhando para ela esperando por uma resposta  cheio de expectativas.
— De certo que sim ,isto é  o que venho sonhando a muito tempo ,quero ser sua mulher mesmo que tenhamos que viver escondido feito dois  fugitivos, se estiver do seu lado valerá a pena. Falei tocando o rosto dele.
— Então  falarei com meu padrinho e amanhã mesmo partimos, nos encontramos na Ponte que faz divisa com a Fazenda do vosso pai ,dai partimos pela Mata, pois assim teremos mais chances de conseguir fugir sem sermos capturados ,sabe que será uma fuga perigosa, Inácio não terá compaixão se formos apanhados. Ele falou tenso.
— Só  fico triste por não poder me despedir de ninguém e  ter que partir sem a minha mucama. Falei olhando para ele.
— Sinto muito, mas não podemos nos arriscar e ainda colocar mais pessoas em perigo. Ele falou acariciando os cabelos dela.
— Esta bem ,farei tudo como combinamos ,agora  preciso me vestir, pode me ajudar. Falei sorrindo.
Já vestidos saímos da casa de caça e o homem com a carroça já me aguardava.
Me despedi dele com um beijo quente e intenso.
Sabendo que eu iria com ele para qualquer lugar.
Enquanto isto na casa Grande.
— Mamãe a senhora sabe que não devia ter dado permissão para que a senhora minha esposa saísse, Nalalia tem que ter mantida aqui presa. Ele falou batendo com o chicote na mesa.
— Vosmece me  perdoe, mas a vossa esposa pediu para ir a igreja se confessar ,não vi nada demais, ela foi com o escravo Tito e com a mucama ,ja deve estar voltando. Juliana falou deixando o escritório.
Sozinho Inácio se lembrou do cofre que o pai mantinha atrás de um quatro ,o tirou e pegou vários documentos para a sua surpresa estava em suas mãos o documento de compra daquele maldito Bernardo, então o doutor não era nada mais do que um escravo, como todos os outros negros que viviam em sua Fazenda.
Um escravo que precisa ser tratado como tão, acabou a sua vida de doutor ,agora as coisas vão ser como sempre deveriam ter sido.............

Queridos leitores capítulo novo saindo espero que gostem comentem e deixem votos beijossssssss