Minha alma está sangrando

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Meu corpo estava doendo, minha cabeça também. Era como se até meu corpo estivesse lutando contra mim, mas o medo sendo mais forte e me fazendo fazer coisas que eu não deveria fazer.

— Não sei o porquê nossos pais estão fazendo isso, mas eu tenho certeza que eu vou ser a pessoa que vai te proteger... nem que eu precise encontrar o Jungkook.

— Jungkook... será que ele pode mesmo fazer algo?

— Taehyung é um risco a se correr. Você quer ir atrás do Jungkook? Se você fugir nossos pais não vão deixar você voltar, mas é um risco a se correr.

Assenti e olhei para as minhas mãos. O que eu estava pensando? Era como se Taejin tivesse facilmente me tirado da minha consciência, ou me feito abrir os olhos para a realidade. Mas o que eu não estava me lembrando era que a idade de um alfa influenciava muito em sua força.

— Eu vou fugir! — Falei de repente, por um instante aquela voz que saiu da minha boca soou em meus ouvidos como se fosse de uma terceira pessoa falando. É, eu já estava fora de mim.

Me levantei de uma vez e coloquei a mochila em minhas costas para poder pular a janela. Coloquei um dos pés no parapeito da janela e me apoiei em suas bordas. Olhei para baixo e meu coração quase saiu pela boca, eu morria de medo de altura. Senti que eu poderia desmaiar, mas uma voz estralada vindo da porta me fez sentir vontade de me jogar imediatamente.

Aonde você pensa que vai, Taehyung?! — Era a minha mãe.

— Eu vou... — nem consegui terminar, pois minha visão ficou turva, mas mesmo assim, eu não me soltei.

— Taehyung — assim que ouvi sua voz, meu corpo começou a tremer inteiro, a voz daquele homem me aterrorizava inconscientemente — você simplesmente está indo embora? Eu vou dizer aos seus pais a lavagem cerebral que aqueles alfas fizeram em você — como ele tinha coragem de ser tão descarado?

— Eles não fizeram nada comigo...

Taehyung, venha aqui agora! — Minha mãe gritou. Eu nunca a havia visto com aquela expressão antes. Era uma expressão de raiva e nojo. Aquilo era nojo... de mim?

— Mãe, eu...

Comecei a ouvir um sussurro. Meu ouvido era muito bom. Aparentava ser a voz de Jungkook, mas também a de Jimin. Fechei meus olhos e por um instante, eu já não vi mais nada. Apenas senti meu corpo ser jogado e segurado de uma vez. O cheiro de alfa dele me fez querer me levantar imediatamente e vomitar, mas era como se meu corpo estivesse estranhamente paralisado. Não era algo comum. Eu apenas estava me sentindo estranhamente calmo, como se estivesse drogado, mas ao mesmo tempo não podia me mexer.

— Você vai com seu noivo agora! — Meu pai falou deixando o quarto. Levando minha mãe e Taejin com ele.

Changyo me colocou na cama e me encarou imediatamente, eu ainda sentia o meu corpo paralisado. Ele começou a alisar meu rosto. Pelo amor de Deus, o que eu ia fazer agora? Ele se levantou e trancou a porta, se escorou nela me encarando com um sorriso.

— Você achou mesmo que eu ia te entregar de bandeja, meu ômega?

— O... que você fez... comigo?

— Não consegue se mexer? — Ele riu e foi até o espelho arrumando seus cabelos. Depois se aproximou de mim com uma seringa. Espera, como ele me espetou com aquilo e eu não senti nada? Provavelmente enquanto me alisava à mesa. — Isso é um veneno, um veneno que pode matar um alfa, mas um ômega... apenas vai te deixar paralisado e talvez causar uma parada cardíaca.

— Mas... Por quê? Changyo... me deixa em paz.

— Não! — Ele sussurrou em meu ouvido. — Agora, você vai sair daquela porta comigo de mãos dadas e vai me obedecer a tudo que eu mandar... — ele sussurrou no meu ouvido e eu senti vontade de chorar com aquelas ameaças. — Se em algum momento você fugir de mim, eu vou matar seus pais e estuprar sua irmã até ela implorar por mais — arregalei meus olhos, mesmo que meu corpo não se mexesse, meus olhos ainda estavam bem movimentados. Meu coração ficou desregulado, mas com aquele veneno em meu corpo e meus batimentos fortes, eu pensei que ia ter uma parada cardíaca.

Ele passou a mão por todo o meu peito lentamente e deu um beijo em meu pescoço. Graças a Deus eu não podia sentir seus toques ou eu ia acabar me matando e colocando minha irmã em risco. Eu ainda ligava para meus pais, mas minha irmã, ela era tudo de mais precioso na minha vida.

Foi naquele momento, em que eu não podia me mexer, não podia sentir nada que ele fez tudo aquilo que eu quis morrer na mesma hora. As lágrimas desceram dos meus olhos mesmo que eu não sentisse nenhuma dor. Ele se afastou com a boca cheia de sangue e tocou seus lábios nos meus, me beijando, eu claramente não retribuí. Mas ele me marcou. Era tudo o que eu tinha mais medo que Jimin ou Jungkook fizessem e um cara qualquer simplesmente me forçou.

Eu era realmente um escravo como todos determinavam. Foi então que eu me entreguei ao sono, parei de lutar contra ele. Se Changyo me estuprasse ou não, já não ia fazer tanta diferença, já que eu nunca havia sentido tanta dor em meu peito como naquele momento.

Quando abri meus olhos, minha visão ainda estava turva, meu corpo parecia que tinha passado um caminhão por cima dele. Toquei minha cabeça me sentando lentamente na cama. Aquele não era meu quarto.

Observei minhas malas ao lado da cama e fechei meus olhos, deixei que as lágrimas escorressem pelos meus olhos lentamente, mas limpei-os com a coberta quando ouvi batidas na porta.

— Entra...

Uma jovem moça foi entrando. Ela tinha os cabelos negros e ondulados, seus olhos eram verdes. Ela parecia uma princesa. Seus traços não eram asiáticos e isso a tornava ainda mais linda.

— Vim te trazer café da manhã — olhei para a cama que eu estava deitado e era uma cama de casal. Eu ainda estava com a mesma roupa de ontem e havia sangue seco em meu pescoço. Não era um sonho.

Ela colocou uma mesinha na minha frente. Havia muita comida, suco, bolacha, pão, bolo e até mesmo sopa de arroz, aquilo que você toma quando está doente para recuperar suas forças.

— Senhor Hwang disse para servi-lo com o que tem de melhor na casa. Então, farei tudo o que o senhor exigir.

Fiquei olhando fixamente para ela, deixei que minhas lágrimas se escorressem pelo meu rosto e a encarei. Eu queria que ela tivesse pena de mim, não é um bom sentimento a se passar, mas quem tem orgulho em uma situação dessas?

— Por favor... me mata! Me faz sangrar até a morte, mas não me deixa aqui...

— Yonhwi — ele a chamou quando ela me encarou com aquela fala. — A cozinha está esperando por você.

— Estou indo, senhor Hwang — ela foi lentamente se retirando do local

Ele se aproximou de mim com um sorriso nos lábios e ergueu uma sobrancelha. Eu desviei meu olhar, estava cansado daquele cara.

— Sabe quem disse que vai vir para nossa comemoração de casamento? A vovó.

Ah, ainda tinha isso. Changyo era meu primo de primeiro grau. Tínhamos praticamente a mesma família. Se ele tivesse ameaçado matar minha avó, eu já estaria nos braços de Jungkook e Jimin agora mesmo.

Ele tocou meu queixo e me roubou um selinho, eu o empurrei, mas logo depois me lembrei de sua ameaça. Não, eu tinha que obedecê-lo.

— Saiba que o que eu disse também conta para caso aqueles dois apareçam aqui.

— Changyo — segurei seu braço quando ele ameaçou se retirar e olhei nos seus olhos. — Por favor, não faz nada com a minha família, pelo amor de Deus! Eu faço qualquer coisa.

— Seja meu ômega obediente que nada irá acontecer, está bem?

Ele se retirou do quarto e eu me joguei na cama. Como eu ia fugir? Como eu ia proteger meus alfas se ele carregava um veneno que eu nem sequer sabia aonde estava? Até porque se eu soubesse, ele seria o primeiro a morrer.

Foi quando eu fechei meus olhos e coloquei minha mão sobre a minha marca respirando fundo.

— Só eu posso sair dessa situação... Mesmo que doa, eu vou ser um ômega obediente, tudo para proteger quem eu amo.

A imagem de cada um deles fluiu pela minha mente, foi quando eu comecei a sentir o ardor daquela marca, que estranhamente não havia ardido até agora, mas junto com aquele ardor, eu senti meu coração quase parar ouvindo aquelas palavras na minha mente, "Você me traiu deixando outro alfa te marcar, eu estou furioso" só tinha uma voz que as diria, e ela era de Jungkook.

My Sweet ÔmegaDove le storie prendono vita. Scoprilo ora