Contos de Terror.

Uma noite qualquer

A noite está chuvosa e intensa, raios e trovões cortam os céus e acabam invadindo o meu quarto deixando-o extremamente claro a cada ação violenta vindo das nuvens.

É uma noite como todas as outras, moro sozinha, porém algo chama a minha atenção, noto uma sombra negra no canto do meu quarto, conforme a claridade dos relâmpagos invade meu cômodo e afugenta a escuridão noto perfeitamente seus olhos vermelhos. Seu rosto desfigurado é assustador e medonho, tento me mover com o intuito de pedir ajuda com alguma ligação, porém meu corpo está paralisado de medo.

A criatura começa a flutuar e a se aproximar, a energia do quarto fica extremamente pesada, ao ponto de me causar falta de ar, meu corpo estremece e os batimentos cardíacos aumentam. Em um piscar de olhos ela já está sobre meu corpo paralisado, seus olhos vermelhos invadem meus pensamentos mais profundos e me faz recordar lembranças traumáticas, minha garganta se aperta e minha respiração cessa.

Meus olhos se abrem e me encontro em um lugar medonho, com árvores negras e uma estrada longa de terra, ouço gritos e gargalhadas, ao olhar para trás vejo um ser desfigurado vindo em minha direção. Tomada pelo favor saio correndo para me salvar, mergulho naquela floresta densa, mas por azar acabo escorregando e caindo em um barranco, meu corpo é esfolado e um de meus pés é quebrado.

A chuva fria daquele lugar começa a molhar meu corpo e a dor da fratura é substituída por uma dor intensa em meu braço, ao olhar noto um canibal me devorando vivia, grito por socorro, mas ninguém consegue me ouvir.

A morte aos poucos se aproxima, ela é fria e cruel, ao piscar os olhos novamente me encontro em um hospital, muitos médicos e enfermeiros me observam.

— Onde estou? – Questiono extremamente confusa. – Como vim parar aqui?

— Muitos vizinhos acharam estranho o sumiço da senhorita. – Afirma um dos médicos me olhando seriamente. – Tentaram chama-la, mas ninguém respondia, porém seu carro estava na garagem. Alguns homens arrombaram sua casa e a encontraram em coma sobre a cama.

— Tinha algo a mais em meu quarto?

— Não, o que deveria ter?

— Nada, apenas uma curiosidade.

— Bom... A senhorita ficou em coma por um mês, mas vejo que despertou. Agora passará por uma bateria de exames e se estiver tudo em ordem receberá alta.

Dias depois...

Enfim sai do hospital, mas ao entrar em meu quarto sinto a energia extremamente pesada e ao olhar para trás vejo a mesma sombra medonha, só que dessa vez está com um sorriso assustador.

— Seja bem vinda. – Exclama aquele ser com uma voz horrenda. – Se prepare para o seu pior pesadelo.