A criança demoníaca

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Meu nome é Claudio tenho 34 anos, sinceramente sempre fui cético em relação a tudo que a ciência não aprova. Relatos sobre criaturas mitológicas, fantasmas ou ate mesmo extraterrestre para mim era história para boi dormir, ate que em certa noite...

Tinha acabado de chegar em casa, meu filho já estava dormindo e minha esposa estava me esperando.

– Querido que bom que chegou. – Exclama minha linda esposa vindo ao meu encontro. – Tome um banho e vamos assistir algum filme?

– Claro amor, hoje posso assistir já que amanhã passarei o dia em casa.

Dei um beijo nela, fui ate meu quarto, assim que comecei a tirar a roupa, ouvi risadas de bebês, para mim foi normal, já que meu filho era pequeno. Continuei tirando a roupa, tomei um banho e voltei para a sala com minha esposa.

Há pouco tempo comprei uma babá eletrônica, ela vinha com uma câmera e cantava músicas de ninar quando eu acionava um botão. Já que meu filho estava dormindo decidi então desligar a canção e enquanto assistia ao filme com minha esposa, aproveitava para observa-lo através das imagens da câmera instalada no quarto dele.

Os minutos foram se passando, de início estava tudo normal, quando do nada eu vi uma criança sobre o berço, ela estava em pé e se equilibrava enquanto olhava meu filho, minha esposa e eu ficamos observando curiosamente, ate que certo momento aquela criança olhou para a câmera e notamos que possuía olhos vermelhos. Demos um pulo no sofá e corremos para o quarto de meu filho, assim que entramos demos de cara com aquela criança grudada no canto superior da parede, próxima do teto. Seus olhos vermelhos pareciam labaredas de fogo e seu sorriso era macabro, seus dentes eram brancos e pontiagudos.

– Papai. – Falou aquela criança demoníaca, sua voz saiu grossa e aterrorizante.

Com um salto ele pulou em mim e ficamos cara a cara, seu rosto era deformado, seu pequeno corpo pesava uma tonelada e ele exalava um cheiro de carniça humana. Fiquei totalmente paralisado de medo, não tive ação nenhuma, ao longe ouvia minha esposa gritar, mas em um piscar de olhos a criança desapareceu.

Levantei totalmente desorientado, minhas pernas tremiam e minhas mãos estavam congeladas.

– QUERIDO, QUERIDO. – Gritava minha esposa. – ESTA TUDO BEM?

Eu não tinha forças para nada, quando me recuperei nos aproximamos do berço de nosso filho, ele dormia tranquilamente, como se nada tivesse acontecido. De repente ele se virou e vimos um papel embaixo dele, peguei-o e estava escrito com letras vermelhas.

"Ainda não acredita em fantasmas?"

Ao ler aquelas palavras em minha mente, senti um gelo subindo em minha espinha, respirei fundo, aproximei aquele papel em meu nariz e percebi que a tinta vermelha era sangue. Rapidamente tiramos nosso filho daquela casa e fomos para a casa de minha sogra. A noite foi passando e minha esposa com meu filho conseguiram dormir, já eu não preguei os olhos, passei a noite toda ouvindo risadas e passos pesados.

Hoje comprei outra casa e aquela eu consegui vender, sinceramente acredito em fantasmas, mas ainda sinto a sensação de estar sendo observado e algumas noites ouço aquela risadinha sinistras bem atrás de mim. 


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