Automatic - Seulrene

Capítulo 15 - Love me harder

"Cheguei Baechu..."

"Chegou? E vai enrolar muito pra entrar? Sobe logo!"

Sorri ao ver a delicadeza que havia na mensagem de Irene, engraçado como até aquele seu lado "carinhoso" me encantava. Sem mais demora guardei o celular no bolso de minha jaqueta e desprendi o cinto de segurança de meu corpo, após sair do carro eu o travei devidamente e atravessei a rua, seguindo para o edifício de Irene, passei pela porta de vidro e vi um rapaz sentado ao balcão que havia ali, provavelmente era o porteiro do local, fui até ele e após trocar algumas palavras ele me liberou, pois Irene já havia o avisado sobre a minha chegada. Rumei para o elevador com destino ao décimo segundo andar, enquanto eu subia eu respirava fundo, tentando controlar a ansiedade em que eu me encontrava, ao chegar no andar de destino eu andei por ele e observei os detalhes que se estendiam por aquele corredor.

Parei em frente a porta de número vinte e três, um sorriso enorme moldou os meus lábios, eu mal acreditava no que estava acontecendo, eu não sabia o porquê estar ali parecia ser tão importante para mim, mas a sensação era boa, então apenas me deixei sentir... apertei a campainha e meu coração saltou mais uma vez, não pude contar até cinco e a porta à minha frente foi aberta, revelando Irene e seu sorriso maravilhoso, apertei meus punhos ao vê-la tão fofa e linda, vestindo um moletom cinza — que parecia ter o dobro do tamanho dela — uma calça moletom preta, os pés descalços. Meu Deus como ela conseguia ser perfeita numa beleza e simplicidade assim? era quase que sufocante, era delicioso me sentir tão vulnerável à ela, que não precisava de muito para me arrancar suspiros e ter minha admiração.

— É realmente agradável te ter parada em minha porta, mas prefiro você aqui dentro, podemos entrar? — Ela disse me tirando de meu transe e segurando uma de minhas mãos.

— Claro... — Murmurei baixo, sentindo o gostoso contato de sua mão com a minha, ela riu lindamente e me puxou para dentro com ela, me deixei ser guiada.

Após entrarmos passei meus olhos pelo seu apartamento, era um pouco maior do que normalmente apartamentos são, a decoração era tão elegante, mas ao mesmo tempo tão simples, moldada por cores leves onde o branco predominava, de fato o que mais me chamou a atenção foi certo ponto daquela sala qual me admirou, havia uma parte da parede qual era de vidro, como uma sacada porém não podia ser aberta, oferecia uma bela vista da cidade, fiquei admirando aquele ponto até Irene novamente atrair minha atenção para ela que se posicionou à minha frente.

Suas mãos se apoiaram em meus ombros, seus olhos buscaram os meus e minhas mãos alcançaram sua cintura, ganhei mais um de seus doces sorrisos e então ela fitou os meus lábios, foi aproximando os seus lentamente, os selou com os meus, o selar não foi o suficiente, ela capturou meu lábio inferior com os seus, depois o superior, me fazendo fechar os olhos ao sentir aquele simples prazer, mas qual já podia ser considerado intenso comparando à tudo o que já havia experimentado, com ela, tudo era melhor e mais forte... após seus lábios cumprimentarem os meus, eles escaparam de minha boca e foram descendo por meu queixo até chegarem em meu pescoço, suas mãos agarraram a gola de minha jaqueta e sua respiração bateu fortemente contra a minha pele, ela me cheirou, e eu suspirei.

— Eu amo o seu cheiro... seu perfume... — Murmurou contra a minha pele, minhas mãos não só tocavam sua cintura como a apertavam, após suas palavras eu sentia necessidade de tê-la mais perto e então terminei de colar nossos corpos.

— Já vai começar a me torturar com suas provocações? — Falei baixo sentindo seus lábios passearem por minha pele.

— Não... melhor eu deixar para mais tarde. — Disse em meu ouvido e encarou meus olhos enquanto ainda sorria. — Vem, fiz um simples, mas instigante jantar para nós duas. — Mais uma vez segurou uma de minhas mãos e voltou a me guiar com ela.