nove

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ITÁLIA, SICÍLIA

VALENTINA MONTANARI 

NOVE ANOS ATRÁS.

Estou tão concentrada olhando para ele que conversa com um segurança sobre algo que termino nem me dando conta que meu celular toca sem parar. 

Desde que saímos da pista não conseguimos dizer uma palavra, ele só me comunicou que ia me levar para casa e que eu esperasse aqui, cá estou.

O celular continua tocando tanto que me irrito e termino o pegando para atender sem olhar quem é.

— Onde você está Valentina? Passei no seu quarto para ver se você estava por lá e olha a surpresa, não estava. — ela fala do outro lado da linha, claramente nervosa — Outra coisa, você saiu mais uma vez sem seguranças a essa hora da madrugada!

Como sempre minha mãe está preocupada, sei que é normal isso mas às vezes ela se supera. 

Depois que Caleb se foi o medo dela se intensificou cada vez mais, por ela, eu ia até no banheiro com seguranças.

Mamma, vim em uma boate com Alina, mas já estou voltando para casa, juro! Não precisa se preocupar.

Ela suspira.

— Não precisa se preocupar? Você quer tanto que eu e seu pai te trate como uma mulher adulta, mas não age como uma! Você sabe todo o risco que corre ao sair e ainda mais sem segurança, e mesmo assim faz. Não aguento mais minha filha, não aguento. Esteja aqui em 30 minutos! Seu pai está uma fera. — com isso ela desliga na minha cara. É, realmente ela ficou chateada.

Petrus vem em minha direção, com um olhar indecifrável, ele está assim desde o beijo. E que beijo. 

— Aconteceu alguma coisa? Está com uma expressão preocupada.

O observo falar e me dou conta que tenho uma puta sorte, fui beijada por esse homem tão lindo. Esse pensamento me faz sorrir. 

— Aconteceu que meus pais descobriram que não estou em casa e estão furiosos… Me querem lá em 30 minutos, ou seja, temos que ir logo.

— Sabia que isso ia dar merda. Vamos logo! — ele diz, enquanto me puxa para fora da boate. 

Seu carro está estacionado logo na porta e dois atrás, com certeza com os seguranças. 

Ele abre a porta traseira me dando passe para entrar, achava que ele fosse dirigir mas não, os seguranças que levarão o carro. Assim, ele corre para o outro lado e entra no carro.

Mal conversamos durante a viagem até minha casa. Será que ele se arrependeu?

Chegamos na porta de minha casa, quando os seguranças descem para abrir a porta do carro ele pega em meu braço.

Piccola... Quero que saiba que hoje foi incrível, não falei muito porque estou pensando em tantas coisas que você não tem ideia, e acho melhor não querer saber — solta um sorrisinho e continua — Mas saiba que o beijo de hoje, porra, me deixou louco. Não pense que não me importo, ou que me arrependo.

O olho atentamente vendo verdade em seus olhos. 

Me aproximo mais dele ao ponto de sentir sua respiração, e não resistindo, termino olhando para seus lábios. Minha mão faz o mesmo movimento, tocando aqueles lábios tão lindos e carnudos, que a pouco estava nos meus. Que vontade de beijá-lo novamente!

— Bom saber... Você não tem ideia da vontade que estou de fazer novamente.

Ele dar um sorriso sem mostrar os dentes mas que mostram perfeitamente suas covinhas.

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