CAPÍTULO 02

2.9K 226 25
                                    

[...]

16 De fevereiro de 2003 - Reino Unido

Callie não demorou à estacionar o seu carro em frente a escola infantil - que pertence a empresa dos Torres - a latina ajudou o filho a descer, e pegou a sua mochila.

Esta escola, ficava na mesma rua da empresa. Apenas os filhos dos advogado, que trabalhavam para Carlos, que ficavam ali.

- Bom dia. Tia Wilson -cumprimento o educado José Miguel, a ajudante de sua professora de classe.

- Bom dia. José Miguel - Josephine beijou a bochecha do menino - Bom dia Callie

- Bom dia Jo - a latina apertou a mão da jovem de vinte e poucos anos.- Gaby disse que queria conversa comigo

Callie passou a mão nos cabelos do filho.

- Ela foi pegar alguns matérias na sala de artes, mais já vem

A latina assentiu. A mesma beijou a bochecha do filho, deixando o garoto ir se sentar em sua carteira. O que não passou despercebido por Callie, foi do filho ficar isolado enquanto os amiguinhos brincavam.

- Oi Callie. Me desculpe por te fazer esperar - a jovem de cabelos cacheados castanhos sorriu - É coisa rápida. Vem cá

Puxando a latina para um canto mais afastado, a professora começou :

- De uns dias pra cá, José Miguel começou a mudar de comportamento. Ele tem se isolado dos coleguinhas, e tem andado um pouco agressivo.

- Me desculpe por isso, Gaby. Eu nem imaginava isso, em casa ele está normal. O mesmo garotinho gentil e doce - explicou Callie. A mulher estava surpresa pelo comportamento do filho.

José Miguel nunca tinha lhe dado problemas, sempre foi muito gentil com todos. A professora e mãe, conversaram mais um pouco, e Callie prometeu que conversaria com o filho, e pediu desculpas pelo comportamento.

Totalmente surpresa, e chocada a mulher voltou para o seu carro. Callie não demorou a chegar a grande empresa de Advogados da família - Torres Advocacia -. Um grande prédio, com mais de doze andares, com janelas imensas de vidros escuros.

Com um Ray-Ban Aviator, a latina entrou no elevador assim que a caixa metálica se abriu. Parando no décimo quinto andar, cumprimentou alguns funcionário que trabalhavam naquela área.

Se permitindo relaxar, a mulher se jogou em sua cadeira. A conversa com a professora do filho, a deixou preocupada. Se perguntava, o do porquê, de José Miguel se comporta assim.

- Licença, hija - Disse Carlos entrando na sala da filha. Callie era uma das melhores advogadas especializada em Crime contra a Mulher.

- Entre. Papá - tomando a postura ereta. Que sempre fora cobra pela mãe.

- Chegaram alguns casos novo para você. Querida... - o homem se sentou na cadeira de frente para a latina - você não acha melhor contratar uma secretária para te ajudar?

- Estou começando a repensar nisso, estou começando a ficar doída, em ter que lidar com tudo sozinha.

- Pedirei para April conseguir alguém de confiança para você. Alguém tão inteligente quanto ela - Sorriu o mais velho. Carlos sempre foi um homem gentil e educado. Sempre tratou os seus funcionários com muito respeito, diferente de sua esposa, que aparecia na empresa apenas para dar ordens.

- Faça isso, papá. Quem vocês escolherem, para mim estará ótimo.

- Vou ver isso. Deixarei você trabalhar agora - e antes de sair, o mais velho deixou algumas pastas,com os novos casos na mesa da filha.

Callie passou manhã e tarde, analisando casos. Cada histórias contadas por mulheres, que precisavam de sua ajuda na justiça, lhe chocava. A mesma se perguntava, como que homens como ex-maridos ou atual ainda estavam soltos na sociedade.

Já Arizona, se preocupava com as contas médicas da filha que não parava de chegar. Luna por ser uma garotinha com síndrome de Down, necessitava de muitos cuidados especiais. Suas saúde era frágil, a menina tinha passado por algumas cirurgias. Com apenas dois anos Luna passou por uma cirurgia cardíaca, ganhando uma grande cicatriz no peito.

Para Arizona, e Luna, aquela cicatriz mostrava o quanto a menina era forte, e inabalável. O amor de mãe e filha, era capaz de vencer qualquer batalha.

Fazia-se alguns meses que estava desempregada...Sua melhor amiga April, lhe permitiu morar com ela depois de sair de sua antiga cidade no interior.

A loira tinha se mudado para a cidade grande, para tentar conseguir um bom trabalho em sua área.

Arizona ajudava Luna no banho, a menina era dependente da mãe para muitas coisas.

- Mamãe, Luna que mamar - Luna passou delicadamente seus pequenos dedinhos no rosto da matriarca, molhando as suas bochechas

- Mamar, só na hora de dormir. Essas são as regras filha

- Luna, quer dormir

Arizona sorriu pela bela estratégia da filha. Apesar do desenvolvimento devagar, a menina estava dia após dia, melhorando o seu vocabulário. A maioria das vezes tinham que falar nas línguas de sinais, as vezes até mesmo quando a garota falava, pois algumas palavras era difícil de ser compreendida.

- Boa tentativa mocinha - a loira desligou o chuveiro, depois de tirar todo o xampu dos cabelos de Luna.

Depois de pegar uma toalha em cima da pia, Arizona secou a filha, e ali mesmo, a vestiu com um pijama rosa e branco confortável. A mulher evitava trocar de cômodos, com a menina sem roupa.

- Cadê a princesa dessa casa? - April disse entrando em sua casa. A ruiva deixou a bolsa no balcão da cozinha, juntamente com a pizza que trouxe.

- Quem chegou? - Arizona cochichou para a menina que sorriu sapeca

- Titia Aps - respondeu fazendo sinais com a mão

- Vamos lá dá um beijo nela

A menina saiu na frente da mãe, e quando viu a tia parada na cozinha, correu até a mulher a abraçando.

- Que abraço gosto - April pegou a sobrinha nos braços.

- Uhm pizza - disse Arizona vendo a caixa no balcão. Elas costumavam comer pizza apenas nos finais de semana, ou quando tinham algum motivo para comemorar alguma coisa

- Não é aniversário de ninguém, e muito menos final de semana. Qual é a comemoração?

Antes da ruiva responder, passou Luna para o colo da loira. A garotinha estava estendendo os braços para ir no colo da matriarca.

- O meu chefe, me pediu para conseguir uma secretaria para a filha dele. E, eu como uma boa amiga, indiquei você

- Ai meu Deus, Aps. Você está brincando, né?

- Não senhorita, estou falando seríssimo. Você tem que comparecer amanhã para conversar com ela - explicou a ruiva pegando uma caixa de suco no armário.

- Isso é ótimo, amiga. Nem sei como agradecer

- Nem precisa.

- Só tem uma coisa. - a loira torceu os lábios - Com quem deixarei Luna, de última hora?

As duas olharam para a menininha que brincava com os próprios dedos.

- Deixa que eu resolvo isso. Conheço alguém de estrema confiança, e que estará disponível - a ruiva sorriu

- Amy - as duas falaram juntas, e começaram a rir.



DESTINO | CalzonaWhere stories live. Discover now