Epílogo.

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Um Ano Depois.

No alto da colina, o boar hat estava animado como sempre, mas naquela noite o assunto da animação era para ser comemorado por dias, o rei das fadas e a rainha dos gigantes finalmente iriam se casar. Claro, essa noticia se espalhou como praga e foi motivo de alegria e  de comemoração por todos os reinos, a paz reinava desde a morte da Mahina e o Zeldris, todos os reinos aproveitavam os tempos de tranquilidade alcançadas pela morte daqueles que eram apenas peças importantes da guerra. 

— Quando será o casamento? — Elizabeth perguntou animada para Diane, que não escondia o sorriso.

— Estamos pensando nisso, mas será na floresta das fadas — a morena falou bebendo um pouco da cerveja de vania. — Vai ser uma grande celebração. 

— Será sim — King se aproximou da amada. — Depois de tantos anos, teremos um final feliz.

— Vocês merecem — Elizabeth sorriu, pegado a mão da amiga. 

— E você e o Capitão? Quando pensam em se casar? Imagina nossos filhos crescendo juntos — Diane parecia uma adolescente animada tendo sonhos com uma amiga. 

— O Meliodas — deixou um suspiro escapar pelos lábios. — Essa semana faz um ano desde a morte da Mahina e Zeldris. E ele ainda se culpa, diz que poderia ter feito algo para salvar os irmãos.

— Mahina-san se sacrificou pelo bem das raças, pelo bem dele. Espero que um dia ele entenda esse sacrifício da irmã — King murmurou. — Mas cadê ele?

— Está lá em cima, Gelda veio conversar com ele — disse a princesa. — Mas bom, hoje é dia de comemoração. Daqui a pouco ele aparece.

No telhado do boar hat, Meliodas estava acompanhado da amada do irmão. Após meses tentando de algum modo conseguir trazer os irmãos, ele libertou a Gelda, pois sabia que esse era um dos desejos do Zeldris, mesmo a vampira pedindo para morrer por que não conseguiria viver em um mundo sem o príncipe, Meliodas não deixou e prometeu que cuidaria dela pelo seu irmãozinho.

— Já faz um ano — Gelda murmurou, encarando o céu estrelado. — Um ano de dor no meu coração.

— Eu deveria ter feito algo a mais, deixei tudo basicamente nas mãos da minha irmã, o Zeldris foi mais irmão do que eu jamais poderia ser — a dor na voz do loiro era sentida. — Se eu tivesse...

— Zeldris amava a Mahina e você, ele tinha raiva pela traição, mas ele sempre admirou você — a vampira interrompeu, fazendo o loiro olha-la. — Não se julgue tanto Meliodas, se você estivesse no lugar da Mahina o Zeldris se jogaria na frente da espada para lhe proteger. 

— Ele costumava dizer que a Mahina era a espada e ele o escudo — riu sem humor, lembrando-se de uma época tão distante. — Mas dói...

— Claro que dói, dói todo santo dia — a vampira segurou com força a barra de proteção do telhado. 

— Não tem os corpos e não à cerimonia, não posso nem chorar em seus enterros... Acho que a pior coisa é porque não conseguir olhar para eles uma última vez — não, ele não iria chorar, não era isso que os seus irmãos iriam querer. — Mas bom, tem uma festa rolando lá embaixo, o que você queria conversar?

— Bom — a loira encarou o demônio, e ele pode notar um brilho de esperança naquele olhar. — Você as vezes sonha com eles?

— Todas as noites — sorriu de lado.

— Não acha que tem algo errado? Sabe quando você tem aquela sensação do fundo da sua essência que eles estão vivos?  

Gelda finalmente teve coragem de questionar isso ao demônio, afinal, como poderia ignorar todas aquelas sensações que tinha do Zeldris? Como poderia ignorar todos os sonhos que o via em um vasto campo e com um sorriso, era como se de algum modo ele estivesse vivo em algum lugar. 

Mahina- * Nanatsu no Taizai *Where stories live. Discover now