Prólogo.

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Em uma colina que ficava entre as divisas das terras de Camelot e Liones, Mahina olhava a bela paisagem que podia-se ver daquela altura. Tem algo errado, pensava para si mesma quando sentiu um calafrio percorrer o seu corpo, mas, quando uma mão tocou no seu braço o mau pressentimento que sentia passou. Olhando para baixo, deixou um sorriso aparecer em seu rosto.

— O que preocupa tanto a minha filha? — questionou o homem, movendo a cadeira de rodas para ter uma visão melhor dela.

— Um mau presságio — murmurou, voltando a olhar para frente. — Tem algo errado pai.

— Eu sei querida — suspirou, abaixando olhar. — Eles foram libertos.

— Isso eu já senti a dias — explicou a loura, afastando-se do seu pai e sentando-se sobre a grama. — Mas parece que... O poder incomum está vindo de Camelot.

— Está na hora querida...

— Pai, não... Eu ainda não estou pronta — negando de qualquer modo o fardo que cairia em seus ombros.

— Filha, eu não tenho mais tempo nessa terra — isso era verdade, notava-se que a idade havia chegado a ele. — Você precisa parar essa guerra.

— O que eu pararei uma coisa que já começou pôr a minha causa? — deitando-se sobre a grama, fechou os olhos, não queria pensa nisso. — Se eu voltar agora... Não sei se meus irmãos me perdoarão.

— Você só ira descobrir que for... — interrompido por uma tosse seca, fazendo a loura se levantar novamente.

— Pai, não fala mais nada por favor — pediu a mesma, parando a frente da cadeira de rodas dele. — Vamos para casa, o clima está...

Ela foi interrompida quando o mesmo segurou o braço dela, ele não tinha mais tempo, e ao perceber isso o peito da mesma se preencheu de um sentimento até então desconhecido a seu ver. Jogando-se em seus braços, ela não queria o perder, o único ser que tinha sido sua família pelos milênios que se passaram. Mesmo que tivesse tentando de tudo para ele sobreviver... No final das contas ele não era imortal e um dia a morte iria vim.

— A onde quer que eu vá, saiba que olharei por você... E pelo seu irmão — acolhendo em seus braços, por uma última vez. — Prome-ta-me... Você colocara um fim de vez nessa maldita guerra... Cuidará do seu irmão.

— Eu... — cuidar de seu irmão, era uma promessa fácil de se fazer, mas acabar com uma guerra, seria difícil, mas não poderia decepcionar o seu pai. — Eu prometo, mesmo que eu morra, irei, por fim, nessa maldita guerra mesquinha.

— Mahina... Minha amada filha — deixando um beijo em sua cabeça, ele sabia que ela ficaria bem. — Não deixe que a escuridão lhe domine e nem deixe que a luz te guie... Trilhe o seu próprio caminho.

— Eu irei — levantando o olhar para ver o rosto do seu pai, pelo menos uma última vez. — Obrigada por ter cuidado de mim.

— Não tem o que agradecer... Eu... amo...

— Eu sei, eu também.

Sorrindo de lado o mago sentiu que chegou a sua hora, mas ele iria em paz, sabia que a sua filha estava pronta, por mais que negasse. Analisando o rosto angelical da mesma, deu o seu último suspiro, quando percebeu que o mesmo partiu, e se foi em paz, ela continuou abraçada ao mesmo e quando viu sua alma saindo do corpo, não pode deixar de sorrir.

— Espero que encontre a Glariza, meu pai... Gowther.

Por mais que soubesse que esse dia chegaria, jamais pensou que seria tão 'cedo', e que não teria o seu mentor ao seu lado. Após dá um enterro digno ao seu pai de criação, a loura pegou o seu amuleto sagrado que ganhou do mesmo e também o colar que ele usava. Permitindo-se pela primeira vez, saber o que estava acontecendo com um de seus irmãos, ela sentiu que o seu 'irmão' Gowther, estava próximo e seria ele a quem ela ajudaria primeiro.

— Pelo meu pai que me criou, eu juro que morrei para, por fim, nessa maldita guerra e salvar os meus irmãos.

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Postei, antes do esperado. Então o prólogo foram mais para vocês saberem que é Mahina, a história dela será revelada com o decorrer.

P.S: Para quem não sabe, o verdadeiro Gowther é uma mago muito poderoso.

Mahina- * Nanatsu no Taizai *Where stories live. Discover now