13 - Eu compro o seu amor

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Ana Francisca estava se sentindo feliz que seu grande amigo estava em casa e se sentindo bastante enjoada.

"Ai meu Deus, ninguém da minha família pode perceber que estou grávida. Mas, como vou esconder esta barriga"?

Ela começou a correr pelo quarto, para ir ao banheiro vomitar. Ela viajava para a casa de sua família apenas em datas comemorativas, o que seria ainda pior, porque no Natal a barriga estaria imensa.

"Preciso de ajuda de alguém. Eu vou ligar para a Berta".

Após voltar para seu quarto, ela pediu para a assistente ligasse para a protetora de Francisco. A ligação começou e ela começou:

"Berta, preciso conversar contigo".

"Alô, estou bem também...senhorita Ana Francisca. Em que posso ser útil"?

Ana sorriu com a resposta, cobrando mais educação da moça.

"Desculpe, Berta. Eu estou muito nervosa, estou grávida como você deve ter visto. O pior de tudo é que nem sei o nome do pai.

"Nossa, que notícia terrível. Seu pai vai querer te matar. Como você vai contar para sua família"?

"Não sei, Berta. Eu preciso da sua ajuda. Posso passar aí mais tarde? Francisco tem que ir à algum lugar"?

"Não, ele não tem consulta hoje. Apenas amanhã. Pode vir sim, vou preparar um bolo para vocês. Ah! E veja se se protege da chuva, viu"?

***

Francisco saiu de baixo do guarda-chuva que a mulher segurava e foi para o que estava com Manoel. Os dois se abraçaram quase que instintivamente. Nenhum dos dois entendia o motivo de agirem assim, mas eles se sentiam necessidade deste contato. Era como se fosse uma saudade que tinham um do outro.

"Venha, vamos nos sentar ali na praça. O banco está protegido e não está molhado".

Os dois atravessaram a rua e quando iam se sentar, Francisco tentou pegar o guarda-chuva da mão do outro, que acabou deixando.

Francisco deu um sorriso e jogou o guarda-chuva mais longe que conseguiu.

"Acho que assim fica mais romântico, não"?

Manoel entendeu o recado e conduziu Francisco para um beijo. O momento foi mágico para os dois, Manoel pôs as duas mãos no rosto do outro, para lhe fazer carinho.

Berta, que não estava feliz antes, acabou se comovendo vendo a cena. Quem realmente não estava nada feliz era Catherine, que assistia a cena escondida e com cara de ódio.

Ela resolveu sair dali sem ser notada e andou por dois quarteirões e pegou seu carro, voltando para a corporação.

"Sei que é horrível dizer isso, bem que poderia acontecer uma tragédia de novo, um terremoto...um vulcão...para interromper a alegria daqueles dois".

Mas, nada pararia a felicidade deles.

Quando Berta percebeu que Francisco não deveria estar naquela situação, ela gritou da porta.

"Francisco, volte para casa. Você não pode ficar pegando chuva assim, nosso passeio já não fazia sentido, de qualquer forma. Mas, Manoel entre por favor. Eu ia fazer um bolo para receber a Ana Francisca e posso adiantar tudo".

Francisco deu um sorriso e deu a mão para o bombeiro, para que ele o ajudasse a atravessar a rua para voltar para casa. Ele não precisava disso, mas queria sentir de novo a pesada mão do bombeiro. E não houve resistências.

Os dois foram de mãos dadas e Manoel entregou o rapaz para Berta o levar.

"Está entregue, senhora".

Eu compro o seu amor (Finalizada!)Where stories live. Discover now