Eu compro o seu amor (Finalizada!)

10 - Eu compro este reencontro

Algum tempo depois, José chamou Manoel e Francisco para verem o menino e fazerem um anúncio. Quando entrou, Francisco foi dar um beijo na testa da irmã e deixou uma lágrima cair de seu olho. Era uma lágrima de alívio e depois caiu outra de felicidade de ver a irmã viva, depois de tanto sofrimento.

"Meu irmão, eu e meu marido decidimos colocar o nome do nosso filho de Manoel. Por tudo de bom que o nosso marido fez por nós".

Manoel ficou feliz como uma criança e deu um abraço apertado no José, agradecendo ao amigo pela homenagem. Quando desceram, a nova governanta anunciou que haviam visitas na sala, para verem o menino recém-chegado ao mundo.

"Hello, Mr Hood".

Matthew Hood era um aristocrata inglês que resolveu investir em fazendas naquele país. Ele havia conhecido Manoel no bar de senhores e certamente visava em garantir um casamento para sua pequena filha, também um bebê. Obviamente, nem Francisco nem Ana Francisca aceitaram tal situação, mas era educado ouvir a proposta.

"Não precisas mais falar comigo em inglês, eu já aprendi a vossa língua há algum tempo. Mas, antes eu me sentia inseguro, agora estou me atrevendo mais".

Francisco chegou e os dois ouviram ao plano do Sr. Hood. Mas, quando este percebeu que Francisco e Manoel eram um casal, ele gentilmente se retirou e desistiu da ideia de unir as famílias. Na certa, seu preconceito falou mais alto e Matthew saiu de lá direto para o Solar Madrigal de Horta, para conversar com Henrique.

Enquanto isso, Catherine voltou e começou a rondar a casa grande da fazenda. Ela, cheia de ódio do casal, planejava matar qualquer um que aparecesse em seu caminho. Depois de ficar meses fugida, vivendo com quase nada, ela parecida um bicho. Com um cabelo desgrenhado, suja e enlouquecida. Catherine estava disposta a tudo.

No dia seguinte, Manoel resolveu sair cedo para tratar de negócios na cidade, levando seu irmão e sua família para irem embora. Marcos precisava conversar com o pai, queria pedir sua parte na herança e voltar para Portugal. Quando chegaram na mansão dos Madrigal de Horta, ficaram assustados com a quantidade de carros da polícia e com Berta aos prantos na porta.

"Ele se matou, menino Marcos. O teu pai se matou. Disse que não aguentava mais tanto desgosto".

Manoel abaixou a cabeça lamentando o ocorrido. Na certa, o Sr. Hood veio contar tudo o que havia visto em sua casa e veio contar tudo para o patriarca da família, que não aguentou com a vergonha que, erradamente, sentia e se matou.

"Como foi isso, Berta"?

Manoel perguntou e foi atacado pela ira da mulher:

"Foi tudo culpa sua, O senhor seduziu o menino Francisco e destruiu esta família. Nós éramos tão felizes, tão castos"...

Berta disse batendo nos peitos do Manoel. Marcos fez um gesto para o irmão a perdoar e para que ele saísse. Manoel pegou seu carro e sentia um aperto no coração. Infelizmente, aquele carro não podia correr mais, ele sentia que precisava chegar logo em sua casa.

Quando virou o morro que contorna a sua propriedade, conseguiu avistar a fumaça e ver que sua casa queimava em chamas.

"Não, Francisco! Era por isso que meu coração estava tão apertado!"

Quando chegou na casa, viu que Ana Francisca chorava com o filho no braço.

"O Francisco estava dormindo. O José quer entrar na casa".

Enquanto ela falava, um pedaço de madeira caiu em cima de José que caiu desmaiado no chão. Manoel correu para socorrer o cunhado, retirando a tora de cima dele e o arrastando para perto de sua amada, que ficou cuidando dele.