39.

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As portas se abriram vinte minutos depois e os dois saíram com rostos vermelhos e lábios inchados.

Rafael sentia que seu coração podia explodir. O síndico aproximou-se, pedindo perdão pela inconveniência, mas tranquilizou-se ao ver o enorme sorriso dos dois vizinhos, que trocavam olhares divertidos enquanto o homem tentava explicar o ocorrido.

Dirigiram-se até a praça mais próxima onde tomaram o sorvete mencionado anteriormente, e o corpo de ambos estava quente com felicidade por finalmente poderem segurar a mão um do outro sem pensar demasiado no que aquilo acarretava.

Céus, podia jurar que ela iluminava tudo ao seu redor com aquele sorriso lindo que tinha e com aqueles olhos verdes que brilhavam como estrelas.

Enquanto conversavam sobre qualquer coisa e ela terminava de tomar seu sorvete de baunilha, lembrava-se do dia que se conheceram, no elevador do prédio, das milhões de sacolas em suas mãos, no olhar que ela tinha no rosto quando o chamou para jantar algumas horas mais tarde. Naquele dia, não parou para considerar em nenhum momento o quanto a garota de olhos bonitos e cabelo escuro influenciaria sua vida.

E ali estava. E gostava dela, gostava tanto dela. E a melhor parte era que ela gostava dele também.

elevador • [r.l.]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora