Arma

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A loucura entrou na cabeça dela e nunca saiu.

Como fugiremos daqui?

Se bem que eles estão na hora do almoço...

- Não faz cara de cu pra mim não- ela diz e eu solto um sorrisinho de lado- o plano é o seguinte,eu vou abrir essa grade e você vai sair na maior cautela do mundo e vai até a sala do delegado,chegando lá você vai pergar duas armas carregadas e a carteira dele e vai trazer para cá,depois eu te conto o resto...

Ela falou tudo de um jeito tão simples que o plano parecia que seria mais fácil que roubar doce de um bebê,mas eu sei que não é assim.

Pelo menos três policiais estão aqui ainda enquanto os outros foram comer e tem câmeras na sala do delegado resumindo,eu sairia daqui direto para um presídio.

Ela pega o travesseiro e mete a mão dentro da fronha do mesmo tirando de lá uma chave que eu julgo ser da grade.

- Você tem que ser rápida,cinco minutos no máximo,é pegar as coisas e correr para cá de novo.

- Certo.

Ela anda até a grade e eu acompanho ela,mas ela para antes de enfiar a chave na fechadura.

- Maria essa é a nossa última e única chance de furgirmos daqui.Não tem tempo para falhas.

Após ela soltar a merda no ventilador ela abre a cela devagar e eu corro na ponta dos pés para fora.

Olho para um lado e vejo que é a saída da delegacia e tem um cara meio que na recepção dormindo,lá é onde fica as tela onde mostra o que passa na câmeras.

O outro lado tem três portas e a do final tem escrito a frase "sala do delegado".

Ando olhando para os dois lados para ter certeza que não tem ninguém vindo e para a minha sorte realmente não tem.

Tento abrir a sala do delegado e...porra tá trancada.

Eles não seriam tão burros assim de deixar a porta destrancada.

Ouço vozes de dentro do local ao lado da sala do delegado e escuto a voz da vádia,digo policial.

Minha chance é apegar as pessoas que estão dentro da sala e fugir com a Dytto o problema é como...

Sabe quando você assiste desenho animado e o personagem tem uma ideia e sai uma lâmpada do cu do satanás em cima da cabeça dele.

Se eu tivesse em um desenho animado realmente teria uma lâmpada em minha cabeça agora.

Essa é a única chance de sairmos daqui.

Ando na ponta dos pés até a "recepção" onde um senhorzim está dormindo.

Olho tudo em volta eu só quero uma arma.

Mas aí eu lembro que com toda a certeza do mundo ele deve ter uma arma.

Corro na ponta dos pés até a cela onde Dytto me olha curiosa.

- Eu tenho um plano muito melhor para sairmos daqui mas preciso da fronha.- ela arqueia a sonbrancelha e eu solto um sorriso tímido.

- Sem gracinhas.- ela tira a fronha do travesseiro e joga para mim que pego e sorrio em resposta.

Corro até o cara que continua intacto na cadeira que parecia desconfortável a boca dele estava entre aberta o que facilitou meu trabalho de amarrar a fronha na boca dele.

Ai eu lembro que eu tenho que amarrar ele na cadeira para ele não levantar.

Corro até a cela de novo e vejo Dytto escrever algo na parede.

- Dytto.- ela se assusta e deixa o giz cair- o lençol por favor...- ela revira os olhos e joga o lençol em mim.

Volto correndo e coloco toda a força que eu não tenho para rasgar o lençol ao meio e amarrar com uma parte os pés dele e outra as mãos.

Após todo esse trabalho - que já me deixou cansada - pego a arma que estar ao lado do computador e respiro fundo.

Eu não posso falhar.

Ando devagar até a porta ao lado da sala do delegado e começo a tremer.

Vai ser rápido e fácil.

Não vou nem sentir.

Eles também não.

É para um bem maior Sabina.

O máximo que vai acontecer é eu levar um tiro.

Ou morrer.

Mas sem pensamentos negativos agora porra.

Eu vou conseguir.

Eu vou conseguir e se eu não conseguir mudo meu nome para Judite.

Se eu sair viva é claro.

Checo se a arma realmente está carregada.

Eu não iria morrer por pura burrice.

Ponho a mão no gatilho e pego no trinco da porta.

É agora,não tem volta,é para um bem maior.

Em questão de segundos abro a porta de uma vez e miro na cabeça de um cara atirando na mesma,sem deixar a vadia pensar dou um tiro na braço dela.

Ela corre atrás de mim ainda gemendo de dor mas eu pego um abajur e taco na cabeça dela.

Ela caí desacordada no chão e sangue me cerca agora.

Meu Deus.

Tem uma cadeira ao lado do trono do demônio reservada para mim.

Pelo menos não vou trocar meu nome para Judite.

Corro até a cela onde Dytto está e ela me olha esperançosa.

- Trabalho feito venha!- ela sorri com a minha respota e corre até a sala onde estão os corpos.

- Não podemos sair daqui sem dinheiro querida...- ela pega a carteira do homem onde tinha cem dólares- pra você- ela me entrega os cem dólares- e para mim- ela fala abrindo a carteira da puta que está no chão desacordada e tira vinte dólares- é,dá para eu me virar- ela diz dando ombros- agora vamos!

Saímos correndo e antes de sair completamente da delegacia ela para na porta.

- Beijinhos perdedor!- ela diz para o cara que se debate na cadeira querendo sair.

- O ponto de táxi mais perto é alí- ela aponta para a esquerda- duas ruas daqui...foi bom te conhecer Maria,até a próxima!- ela diz e corre me deixando alí.

Olho para a delegacia e solto um sorriso involuntário.

Essa é a nova fase da minha vida.

Gangster || Now United Onde histórias criam vida. Descubra agora