Mais segundos se passaram até a porta verde ser aberta e dela um homem alto e de aparência intimidante surgir. Ele lhe olhou dos pés à cabeça, logo, franzindo as sobrancelhas em confusão, esperou que Jungkook falasse.
— Senhor, por favor… – começou com um tom de voz mais fraco, apertando sua mão na barriga por sentir novas pontadas. — Me dê algo para comer, por favor… Estou faminto e meu bebê na-ão está bem. – admitir isso lhe doía tanto…
O homem olhou com certa pena, Jungkook encolheu os ombros em aversão ao ter aquele tipo de olhar direcionado a si. Ele não precisava de pena, mas se tivesse que causar isso na pessoa a sua frente para conseguir o que comer, aguentaria.
O moço aparentava ser um dos cozinheiros dali e demorou um pouco para lhe responder, mas quando aquelas palavras que saíram de sua boca, Jeon preferiu que nunca tivessem sido preferidas.
— Vá embora, vá! – ele estava lhe expulsando como se espantasse um animal…. o quão cruel isso é?
— Senhor… – soluçou, fraco — ...por favor! Eu estou esperando um bebê, preciso de algo para comer, nem que seja apenas um pedaço de pão! – ele já chorava outra vez.
— Eu não posso te ajudar, apenas vá embora antes que meu chefe apareça aqui e as coisas fiquem ruins para o meu lado! – e por fim, fechou a porta em sua cara.
Com o susto, cambaleou um pouco para trás e quase foi ao chão. Deu uma última olhada na madeira verde, fechada, e voltou para o lugar em que ficou por todos esses dias.
Se sentou no chão e apoiou as costas na lixeira, não ligando para a quentura do ferro. Gemia a cada ação.
Levantou a cabeça e olhou o céu antes de fechar os olhos húmidos lentamente. Seu ventre doía, latejava, não estava mais aguentando a dor. Estava ofegante, cansado, parecia ter corrido por quilômetros sem parar.
De repente, as pontadas se intensificaram, como se fosse possível, mas dessa vez não conseguiu segurar o grito alto e agoniante. O gesto acabou por assustar Taeyong que acordou agitado e, ao olhar o estado de seu pai, o choro foi imediato.
— Papai! – ouviu-se o grito da criança, e pouco tempo depois, Jungkook sentiu as mãozinhas segurarem seu rosto suado e provavelmente vermelho. Não conseguiu falar nada, apenas chorar com as últimas forças que tinha.
Estava pálido, a vermelhidão em seu rosto já não existia mais. A dor era intensa demais para aguentar.
Perdia a consciência lentamente. Tudo que conseguia pensar naquele momento era se o filho estaria sofrendo em seu ventre e em como faria para que ele ficasse bem, preocupado também em como Taeyong ficaria.
· ⋆ ✦ ⋆ ·
Por já estar na sua hora de ir para casa, Jimin se organizou e deixou o seu estabelecimento nas mãos do funcionário mais eficiente.
Após pegar seus pertences no escritório, caminhou calmamente até o estacionamento individual, formulando objetivos para as próximas horas, concentrado em seus pensamentos. Chegando lá, seu raciocínio foi quebrado ao ouvir um barulho estranho, e prestando bem a atenção, parecia que alguma criança estava chorando, alto, e estava perto demais para vir de algum filho de cliente no restaurante.
Confuso e um tanto preocupado, logo procurou de onde vinha esse ruído, ficando em silêncio para poder escutar melhor.
Seus olhos capturaram a imagem da lixeira que quase não usavam e que já deveriam ter descartado – por esquentar muito o lixo –, sentindo que era de lá que o barulho vinha. Mais próximo do objeto, consegue identificar o que os murmúrios, antes confusos, significavam.
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THE RIGHT FATHER TO MY SON • jjk+pjm
FanfictionEra um fato. As dificuldades que passava como pai solteiro eram inúmeras, mesmo que Jungkook tentasse continuar seguindo firme por quem amava. Estava se saindo bem. Caía, levantava, se decepcionava, suplicava... ele era forte, aguentaria tudo por se...
03 - Premature.
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