Capítulo 6

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☆ Tomas Timberg ☆

Quando eu e o Teo acordamos já era 14h00m, estávamos cansados da noite na boate. Tânia viu minha mão quebrada, ficou preocupada mas não fez mil e uma perguntas como eu achei que faria, também não falei que foi uma mulher que quebrou, ela estava um pouco estranha mas resolvi deixar quieto.

Assim que eu e o Teo comemos algo e nos arrumamos, nós fomos ao hospital, o médico fez um raio-x em minha mão para confirmar que estava quebrada e depois enfaixou com gesso. Pensei que ele iria enfaixar só até metade do meu braço, mas ele enfaixou até o meu cotovelo.

Peguei quinze dias de atestado, só espero que o teste de sobrevivência não seja antes desses quinze dias. Por mais que o teste de sobrevivência seja algo complicado, eu quero participar, eu gosto de viver com adrenalina, gosto de andar por matas e ter que ficar prestando atenção em tudo. Tenho certeza que se um amigo meu estivesse no meu lugar, ele iria amar não ter que participar do teste de sobrevivência.

Depois que não tinha mais nada para fazer naquele hospital, o Teo dirigiu até sua casa e depois eu assumi a direção, ainda bem que o meu carro é automático. Em pouco tempo eu cheguei em casa.

- Tânia? - falei assim que cheguei na cozinha. - Está faltando alguma coisa?

- Sim, eu fiz uma lista até! - ela falou e tirou um papel do bolso. - Aqui!

- Vou comprar agora mesmo! - peguei a lista e sai de novo.

Fui ao mercado e passei alguns minutos comprando as coisas que a Tânia havia pedido, passei no caixa, paguei as coisas e fui pro meu carro com as compras, coloquei tudo na mala e depois fui pro lugar de motorista, foi um pouco complicado comprar tudo usando apenas uma mão, mas eu consegui. Quando eu ia ligar o carro vi uma CB 300 cilindradas entrar no estacionamento do mercado.

Uma mulher estava pilotando e ela parecia estar olhando para o meu carro, mas não tinha como eu saber, a viseira do capacete era fumê.

Eu tinha quase certeza de que aquela moto era a mesma com a qual a menina da boate foi embora, mas hoje em dia existem milhares de mulheres que pilotam e existem várias CBs 300 cilindradas. Só quando eu me livrei desses pensamentos foi que eu percebi que ela poderia me ver aqui, mas depois eu fiquei tranquilo pois lembrei que o vidro do meu carro era totalmente escuro e seja lá quem fosse naquela moto, não conseguiria me vê.

Que merda, agora eu estava na dúvida, nunca teria total certeza de que essas duas garotas eram a mesma pessoa. Resolvi esquecer isso pois seria coincidência demais.

Dei partida no carro e sai do estacionamento.

Durante o trajeto de 10 minutos entre o mercado e a minha casa, fiquei pensando como eu encontraria a garota da boate, eu deveria ter anotado a placa da moto dela naquela noite na boate.

Será que eu estou ficando louco?

- Esquece essa mulher Tomas! - falei para mim mesmo enquanto dirigia.

Quando cheguei em casa, abri o portão, deixei o carro na garagem, peguei as compras e fui levar pra Tânia.

- Tânia comprei tudo que tinha naquela listinha que você me passou! - falei e depois mostrei as sacolas que estavam na minha mão.

 Um Sonho Em ComumWhere stories live. Discover now