Capítulo 9

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O grito do trovão adentrou desesperadamente os ouvidos de Anna que, em um movimento brusco, ergueu a cabeça do travesseiro, a visão embaçada não lhe permitido enxergar direito.

Por um gemido arrastado, piscou várias vezes tentando focar o quarto cavernoso. Estava deitada de lado, com os braços jogados de qualquer maneira nos cobertores. O cômodo parecia estar completamente escuro, não fosse os relâmpagos luminosos que explodiam do outro lado da janela piscando enraivecidamente como um um show de luzes alucinatórias.

- Mãe...? - Anna conseguiu dizer, ainda atordoada. - Pai? Tommy?

Olhou em volta, com os músculos ainda a protestar de dor. O travesseiro sob sua cabeça estava totalmente úmido. Uma mistura de suor e lágrimas que se transformaram em um odor nada agradável.
Tentou erguer o corpo e sentar-se na cama, mas todos os seus ossos ainda queriam dormir, reclamando em dores por todo o corpo que a fizeram voltar a se ajeitar na cama, aos ganidos. De barriga para cima, a garota fechou os olhos à medida que as memórias daquela tarde retornavam à sua mente, tão estridentes quanto os trovões ruidosos que rugiam ao redor da casa.

- Me diz que foi tudo um sonho... - Anna clamou, abrindo lentamente as pálpebras inchadas. Suspirou fundo e tentou mais uma vez se levantar. - Droga...

Um peso insuportável descia pelas suas costas quando conseguira se sentar. Havia dormido demais, isso era fato. Remexeu o pescoço para os lados, sentindo uma dor incômoda. Ganhara um belo torcicolo.
Seus olhos logo detectaram outra fonte de luz brilhante. A tela do computador ainda exibia um fundo branco, brigando contra os lampejos dos relâmpagos para ver quem reluzia mais.

Seu estômago embrulhou amargamente quando convenceu-se que o pesadelo era real. Um semblante de desgosto se formou aos poucos, seus olhos fundos ameaçaram se inundar novamente quando abaixou a cabeça dolorida. Mas logo decidiu-se que se derramar em prantos não mudaria nada. Infelizmente, nada.

Soltando o ar pela boca, juntou os joelhos para perto de si e os envolveu vagarosamente com os braços lavados de suor. Um vento forte soprava ruidosamente, acompanhado de grossas gotas de chuva que fustigavam a janela do quarto, ora aparecendo, ora sumindo.
A nova tempestade que se aproximaria de HunderCave e de toda a região, com certeza havia chegado, carregando ainda mais força que a da noite anterior.

Gradativamente, a algazarra tempestuosa que a natureza fazia era engolida aos poucos pelo silêncio incrivelmente ensurdecedor da garota. Suas pupilas fixaram um ponto imaginário no ar, paralizando-se por um longo tempo nas próprias córneas. A respiração calma fora amansando até chegar a um nível quase imperceptível, como se seus pulmões adormecessem levemente, deixando suas atividades comuns em modo automático.

Em Tempo de Plágio - Uma Trama WattpadianaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora