Capítulo 2

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Como um duro e competitivo jogo de fixação, mulher e máquina trocavam dures olhares magnéticos, quase explosivos, ao passo que esperavam ansiosamente devida reação de seu oponente, a mais épica das batalhas, à poucos segundos de se iniciar

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Como um duro e competitivo jogo de fixação, mulher e máquina trocavam dures olhares magnéticos, quase explosivos, ao passo que esperavam ansiosamente devida reação de seu oponente, a mais épica das batalhas, à poucos segundos de se iniciar.

Ou quem sabe... Monstro e pixels?

Se mergulharmos mais a fundo nessa história tão aparentemente normal diante dos nossos olhos, veríamos um cenário totalmente diferente e hostil: Uma batalha sangrenta e decisiva já se rompia, colocando frente à frente dois polos selvagens e fortes.

De um lado da arena, uma pupila negra como a meia-noite sombria do mais rigoroso inverno nublado inflamava-se em furiosas labaredas de línguas incandescentes, consumindo em agressivos tons laranjas a obscureza daquela região tão vazia do globo ocular.

Do outro, em sincronia com seu oponente, uma infantaria pesada de minúsculos pixels enraivecidos uniam-se rapidamente em uma correria ágil, porém, organizada, trajados de armaduras amarelo-dourado, um vívido branco brilhante e um verde-esmeralda heroico, prontos a vencer o monstro selvagem que se erguia imponente sob seus olhos. Um ser humano normal não seria capaz de escutar os brados de preparação daqueles pixels tão postos para o combate, mas a garota em estado catatônico que os fitava com tamanha indignação não estava em seu estado perfeito à muito tempo, vindo a transformar-se agora em um verdadeiro monstro gigante disposto a tudo para sair vencedor.

Os lábios amargos daquele monstro gigantesco se esticaram como borrachas descontroladas a exibir um vago sorriso aberto aspirando perigo iminente. O exército medieval cessou instantaneamente suas gritarias de ordenança uns com os outros e observaram, cautelosos, aquele pequeno gesto estranho.

O narrador da batalha tão árdua sobrevoava a arena de combate espalhando zumbidos ansiosos feitos para animar uma plateia eufórica que realizava acrobacias excitadas no ar ao redor dos dois adversários. Acompanhando nas mais de suas mil lentes aquele momento tão esperado, zumbindo agitadamente, estampando uma empolgação vibrante em seus corpos miúdos. O dia tão esperado finalmente havia chegado, e todos os moradores aéreos pareceram se reunir nas arquibancadas imaginárias sem chance de invasores roubarem bancos.

- Não - Anna libertou um riso curto e nervoso recheado de incredulidade, cerrando os cílios tão firmemente que algumas arco e flechas tremeram instintivamente no meio do exército. - Não, não, não, não, não, não, não! - balançou a cabeça para os lados em pálpebras fechadas como se quisesse se livrar de teias de aranha invisíveis, o sorriso desconcertante, transbordando-se junto à vontade imensa de diluir aquela realidade aterradora. - isso não pode ser possível, isso não É possível!

Não havia mais tempo, era isso.

Todos aqueles pontinhos do grande monitor  ergueram teatralmente suas lanças afiadas e arco e flechas vorazes em direção àquele rosto branco marcado de espinhas oleosas, o grande momento de tensão, sendo saudado com a presença de graves... melodias crescentes? Um clima inquietante de suspense Hollywoodiano impregnou o ar que separava aqueles inimigos tão bárbaros, preparando a arena de luta para algo maior que estava por vir. Uma magistral canção apocalíptica. A beleza e ordem no caos.

Em Tempo de Plágio - Uma Trama WattpadianaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora