05 | provando o magnetismo

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"Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como um segredo."

J e o n

O tão esperado e grande dia chegou, trazendo consigo correria, nervosismo e claro, nostalgia. Naquela altura da minha carreira, era impossível não me lembrar da primeira vez em que estreei, ainda criança. Quando o fiz, não tinha certeza se era o que realmente fazer com o meu tempo livre, assim como não fazia ideia de que era um trabalho que exigia muito. Porém, hoje, na altura em que minha carreira se encontra, não consigo me sentir menos grato e satisfeito com o meu esforço.

Quando as pessoas me olham e comparam seu sucesso com o meu, presumo que elas desejam ser iguais a mim, ter o que tenho e isso inclui o sucesso. Mas elas não fazem ideia de que eu ainda não cheguei onde quero. Um ator precisa de estabilidade em sua carreira e eu almejo mais do que apenas isso Eu quero ser intocável, o que nunca seria esquecido como protagonista de grandes histórias.

Mas eu também tinha os meus momentos de humildade e por isso, eu me encontrava entrando no prédio da GC, seguindo caminho em direção aos estúdios para depois passar pelos camarins, após dirigir o meu carro até o local. Como no dia anterior eu havia ido embora sem provar o meu terno e acabei não o levando para casa. Eu já havia me banhado, só restava me vestir e me maquiar.

Para minha surpresa, quando me aproximei da porta de entrada do camarim, encontrei sobre a mesinha que ficava na lateral, um vaso com uma maço de flores sobre o mesmo. Havia um cartão e antes mesmo de ler o que estava escrito no mesmo, suspeitava que era de Jimin e lê-lo só me confirmou. Os pais dele haviam mandado.

Pronto para ignorar o que não me pertencia, entrei no camarim, peguei a roupa que Seokjin preparou no dia anterior e sai. Então, ao passar novamente pela porta, me lembrando por qual motivo estava indo buscar a roupa, senti que devia algo por Jimin pensar tão pouco de si mesmo, por ter passado dos limites. Eu não era tão monstro assim. Se queria que ele fosse mais famoso que eu? Não. Queria que fôssemos amigos? Obviamente não. Mas ainda assim eu devia, a partir do momento que usei a crueldade como arma.

Não é porque eu quero ser o melhor que quero machucar alguém.

Antes que eu viesse a desistir, enviei uma mensagem para Namjoon, pedindo o endereço do Park, já que eu não sabia onde o mesmo morava. Após dar-lhe uma boa explicação, o convencendo de que não estava tentando aprontar com o seu mais novo protegido, se deu por vencido e me informou o local. Com o endereço no GPS, meu terno pendurado em uma espécie de cabideiro improvisado e as flores seguras, segui as coordenadas, por um momento, esquecendo da premiação e de tudo que ela representava.

Surpreendi a mim mesmo ao estacionar o meu carro em frente ao prédio residencial, que parecia mais como qualquer outro popular. Não evitei de franzir o nariz ao ter que me aproximar da portaria, levando comigo as flores e falar diretamente com o porteiro. Ele estava bebendo café e comendo bolachinhas em meio ao expediente. Ao notar minha presença, tirou os pés que estavam sobre a mesa e quase se engasgou com o que ingeria.

Locus 99 • jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora