A história de Pedro Garcia e Mariana Mendéz
Mariana conhece de perto a violência, a fuga, as dificuldades, a fome... Após fugir do seu país de origem com sua família, a vida de Mariana não melhorou. Foram anos de sofrimento até a tranquilidade chega...
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MARIANA
Três semanas depois
Daqui a pouco chegaremos a dois meses e nada de Monique, assim como nenhuma informação nova sobre a Doce.
Sei que Lucas, meu irmão por parte de pai, está por aqui, mas não fui conhecê-lo. Primeiro quero ver Rene, e sei que está perto do dia da sua liberdade.
A convivência com os Garcia tem sido tranquila. Ainda estou na fazenda, Tina não está conosco, estou apenas com minha tia, irmã, Andreza, Samuel e Lya. Os seguranças nunca saem de perto, já Pedro, nem sempre dorme aqui, já que, em muitos momentos, ele precisa resolver algum assunto fora e prefere voltar para cá outro dia, para não ser seguido.
Entretanto, nossa convivência só melhora. Hoje mesmo nos falamos pelo WhatsApp e conversamos besteiras, grande novidade!
Lizandra está fora do seu ''castigo'', há duas semanas, mas já prometeram que na primeira irritação, ela desce novamente, ninguém aqui está com paciência para ela.
— Eu não farei nada. — Lizandra senta na poltrona, na minha frente. Ela está mais mansa, porém, temos receito que isso seja passageiro. Conheço a irmã que, infelizmente, tenho. Agora ela vive falando que mudou e não fará mais nada daquilo. — Lá em baixo é horrível, aqui tem TV, comida boa...
— Você comeu da mesma comida, garota. — Andreza retruca.
Lizandra senta com as pernas abaixadas, poupando-me da visão da sua calcinha enfiada no útero.
Se bem que Pedro comprou essas calcinhas pra mim... Deve ser bem desconfortável. Eu mesmo que não vou usar, Pedro não mandará nas minhas calcinhas!
Só para tirar, né, safada?
Calada! Está há horas sem me perturbar, agora está voltando?
Admita, que, agora, se Pedro mandar tirar a calcinha, você tira na hora.
Cala a boquinha, querida!
— Obrigada, Andreza. — Lizandra olha para Andreza, que apenas dá de ombros, mas sorri. Lizandra parece arrependida, ao mesmo tempo, falsa. — Desculpe-me por qualquer coisa que eu fiz. — coloca a mão no peito. — Falo tudo de coração.
Puxa saco!
— Ok, Lizandra. Mas a dona dessa casa é a Mariana. — Andreza aponta na minha direção. — Ela é praticamente casada com Pedro e essa casa é dele, então, Mariana é a dona. Porque o que é do meu irmão, é da minha cunhada também.
— A casa é minha, gostei disso. — sorrio, vendo Lizandra tentando disfarçar a raiva. — Mas então, Lizandra, alguma ligação ou mensagem da nossa progenitora?
