Capítulo 1

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MARIANA

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MARIANA

Dois meses depois

''Querido diário, minha vida é um lixo! Assim como eu.

Como começarei essa história? Bem, você sabe tudo o que aconteceu em todos os meus dezenove anos de idade. Fugi do meu país de origem com minha mãe, minha tia e a vaca da minha irmã. Passamos por tantas coisas. Fugimos da guerra, do governo pouco preocupado conosco... Daquelas pessoas sequestrando, roubando e matando. Atravessamos a fronteira e paramos aqui.

Resumi o que passei, porém, diário, não acreditei nas últimas informações que recebi.

Sabe o meu pai que me abandonou? Pois então, ele é a pessoa de quem fugimos. Explicando melhor, ele faz parte do grupo de extermínio, de pessoas, para ser mais clara. Ele é um dos que roubam e matam no meu país, por esse motivo fugimos. Fugimos para que as próximas vítimas não fossem ninguém da nossa família.

A outra grande notícia é que descobri o motivo de termos melhorado de vida. A vaca da minha irmã não trabalha em uma loja de grife e nem em um restaurante, como havia contado. Ela é uma prostituta. Assim como minha mãe, mesmo tendo mais de quarenta anos, ela tem clientela fixa. Descobri graças à tia Katya e seus conselhos para as duas pessoas da nossa família. Ganhei nada mais, nada menos, que um sermão da minha mãe sobre ''não escute atrás da porta''. Depois, a vaca da Lizandra disse que eu deveria parar de julgar, porque eu posso pagar com a língua.

Diário querido, único companheiro dos meus desabafos mais pessoais, eu acho que, sinceramente, eu estou sendo preservada para o sexo. Para ser como Lizandra e minha mãe''.

Paro de falar no celular e bloqueio o aplicativo de armazenamento de áudio, digito a senha para que meus áudios fiquem guardados, e coloco em minha bolsa.

Respirando fundo, preparo-me para ir até o clube onde minha mãe e minha irmã trabalham.

Olho para o movimento na entrada do local. Agora entendo porque elas ganham tanto... Que burra! Como acreditei que elas ganhariam tanto em uma loja? Em um restaurante?

Lizandra falava que as roupas caras eram uma espécie de extra pelo trabalho na loja de grife, eu nem perguntava. Minha conversa com Lizandra é resumida em ''Vá se ferrar e enfie essa merda na bunda, até sair na boca e você morra engasgada''.

— Identidade. — o segurança pede, antes mesmo que eu entre na fila.

— Olha, eu tenho dezenove anos e não quero entrar. — explico. — Só quero falar com minha irmã ou minha mãe.

— Identidade! — o homem grita, fazendo com que eu dê um passo para trás. — Para entrar nesse local, só tendo mais de vinte e um anos e, obviamente, acima disso.

(COMPLETO NA AMAZON) A esposa comprada do mafioso - Família Garcia (Livro 1)Where stories live. Discover now