Capítulo 38

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 Boa leitura!

Ana Clara POV


— Eu vou matar você!

Pude ouvir a voz grossa de Vitória ressoar por todo o local e minhas pernas ligeiras se movimentaram, me arrastando para fora de casa

Fechei a porta com força e me agarrei a maçaneta, ouvindo os gritos raivosos de Vitória do outro lado da porta

— Ana Clara tu tá tão fodida, eu não acredito que tu fez isso! — Vitória tentava abrir a porta Permaneci em silêncio segurando a maçaneta com força. Meus olhos lacrimejavam e as palmas de minhas mãos começaram a ficar doloridas. Mas eu não iria desistir de jeito nenhum, eu tenho uma vida longa pela frente. Eu como rúcula só para ter mais tempo de vida, não deixaria Vitória me matar em plenos meus vinte e quatro anos

— Tu me perdoa, tu me perdoa, tu me perdoa!? — gritei esperando a resposta de Vitória

— Te perdoar!? Essa merda não vai sair da minha roupa nunca mais!

— Eu não sabia que ficaria tão feio assim Vi, me perdoa! Lembra da música, lembra? Perdoa, que a mágoa amarga o peito amor, me perdoa, eu faço o que quiser...

Vitória ficou em silêncio, acho que ela finalmente estava cedendo. Continuei segurando a maçaneta e encostei a cabeça na porta. Suspirei cansada, Vitória teria que me perdoar de um jeito ou de outro, não foi a minha intenção deixar ela brava

Esperei por um tempo e comecei a girar a maçaneta, abri a porta com cuidado e espiei o que acontecia lá dentro. O silêncio era absoluto, Vitória não estava em meu campo de visão e tudo pareceu calmo demais. Abri a porta por completo mas não entrei, se Vitória fosse me atacar, que atacasse logo

— Te peguei! – o sussurro em meu ouvido arrepiou os pêlos da minha nuca e eu acabei dando um pulo pelo susto que tomei. Mal tive tempo de correr, o braço esquerdo de Vitória rodeou minha cintura e meus pés se distanciaram do chão. Eu comecei a gritar em desespero

— Me desculpa pelo amor do pai amado! Valha-me Deus! Sei que pequei e vivi uma vida desonrosa perante teus olhos, mas jesus Cristinho, me dê essa chance de vi-

Minha fala foi cortada assim que senti meu corpo colidir com colchão macio do quarto em que estávamos hospedadas

Vocês devem estar se perguntando o que está acontecendo, né? Bem eu posso explicar.

Hoje eu acordei mais cedo que o normal, as meninas ainda estavam dormindo e eu tinha exatamente nada para fazer. Meu celular estava descarregado, dormi e esqueci de colocá-lo no carregador. Não iria fazer café agora pois não sabia quando elas iriam acordar e eu duvidava muito que algo bom passaria na TV às sete horas da manhã

Então eu, com toda a minha sabedoria, decidi que iria fazer uma brincadeirinha com a Vi

Encontrei um caneta perto do criado-mudo e escolhi uma camisa de Vitória para começar a minha arte, por assim dizer. Infelizmente eu não sabia que a caneta era permanente e digamos que eu não desenhei algo muito bonito não

— Um pênis dizendo "tenga un buen día", Ana Clara!? Um pênis mexicano!? — Vitória fechava as mãos em meu pescoço, numa tentativa falha de me enforcar. Comecei a me debater tentando a todo custo tirar as mãos de Vitória do meu pescoço ou eu morreria

— Um pênis educado, amiga — minha respiração estava trêmula, minha voz falhou e eu tentei, inutilmente, tirar Vitória de cima de mim. A cacheada era muito mais forte e mais pesada que eu

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