Capítulo 14

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Boa leitura!

Cecília POV

Acordei com a claridade do sol batendo em meu rosto, aparentemente, nós dormimos com a janela aberta e alguns raios de sol queimavam a minha pele. Tateei o espaço ao meu lado e tudo o que encontrei foi o vazio. Abri os olhos para me certificar se Ana estava no quarto e ela não estava

Esfreguei meu olhos e me sentei na cama, relembrando tudo o que tinha acontecido na noite anterior. Nós não tínhamos sequer feito a metade das coisas que fazíamos antigamente, mas como eu estava cansada por causa dos trabalhos que vinha fazendo e com a viagem que tinha feito no dia anterior, o que aconteceu ontem dava para o gasto. Por enquanto.

Me levantei e parti para o banheiro para tomar um banho e escovar os dentes. Assim que terminei, caminhei em direção a cozinha. Ana e Vitória estavam tomando café e conversando sobre alguma coisa que estava deixando Vitória bem animada. Quando me viram, pararam de conversar e ambas sorriram pra mim

— Bom dia — desejei enquanto beijava os lábios de Ana 

Quando fui deixar um beijo na bochecha da Vi, ela fez um biquinho e fechou os olhos. Eu franzi o cenho em confusão esperando ela me olhar

— Ui, eu não ganho beijinho também? Quanta maldade — Vitória colocou uma mão sobre o peito e fingiu indignação, rindo em seguida

Me sentei a mesa e comecei a comer em silêncio. Ana me falava algumas coisas e eu apenas concordava em silêncio, estava com tanta fome que não conseguia focar em nada que não fosse os pães, as torradas, os biscoitos e o café a minha frente

Ana passou os braços pelo meu pescoço e beijou o canto dos meus lábios, passando o dedo por cima do local em seguida. Vitória nos encarava com uma expressão estranha, parecia sentir repulsa ou algo assim

— O que foi? Tem algo errado acontecendo contigo Vi? — Ana quem se atreveu a perguntar, eu estava preocupada em acabar com a comida no meu prato

— Não. Eu só estava pensando...— lá vem — Qual foi a reação de Deus ao ver o porquê vocês estavam gritando o nome dela ontem a noite. Eu ficaria horrorizada — Ana escondeu o rosto no meu pescoço abafando a risada que ela dera

Meu rosto esquentou na hora e eu percebi que estava ruborizando. Soltei um riso nervoso, tentando esconder o quanto eu fiquei envergonhada com o comentário de Vitória

— Fica sem graça não boba, todo mundo faz sexo. Mas ontem...— ela soltou um assovio — ontem vocês não devem ter transado, ontem deve ter sido um espetáculo pra vocês estarem gritando daquele jeito

— Meu Deus Vitória, cala boca mulher. Pare de ser inconveniente — Ana se levantou ainda rindo, recolhendo nossos pratos para colocar na lava louças

— Eu só estou dizendo o que eu ouvi ué — a cacheada levantou as mãos em sinal de rendição 

Quando a tarde chegou, nos arrumamos para dar uma volta na Paulista. Hoje era domingo e Ana disse que há muitas atrações por lá em dia de domingo, por isso Vitória estava tão animada hoje de manhã

Quando chegamos na Paulista, diversos artistas mostravam seus trabalhos pelas ruas. Pessoas tocavam, outras dançavam, algumas faziam malabarismo e por aí vai 

Mas um homem me chamou atenção em especial. Ele estava sentado em um banquinho alto com um violão em mãos. Seus cabelos eram castanhos e cumpridos, sua barba era mal feita e ele cantava de olhos fechados. Haviam muitas pessoas a sua volta, sentadas ou em pé, apenas apreciando o momento

Me aproximei devagar com Ana em meu encalço, Vitória vinha logo atrás de nós gravando tudo. O rapaz começara a cantar "Partilhar" do Rubel, sua voz era tão calma e serena que era impossível não admirá-lo, a paixão pela música escorria em sua voz, era tão hipnotizante que quem parava para olhá-lo sequer se movia para ir embora

Mess MeWhere stories live. Discover now